Exportação de Abacate Brasileiro da Variedade "Hass" ao Mercado Norte Americano

Abertura de um novo mercado exportador

Auditores do Serviço de Inspeção da Saúde Animal e Sanidade Vegetal, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (APHIS/USDA) e técnicos do Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo.

Com a propositura de abertura de um novo mercado destinado à exportação de frutos de abacate (Persea americana P. Mill) variedade “Hass” para os Estados Unidos da América, Alaska, Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) participou, juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e produtores de abacate de Bauru, de uma auditoria sob o crivo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), representado pelo Serviço de Inspeção da Saúde Animal e Sanidade Vegetal (APHIS).

A auditoria teve como objetivo inicial analisar minuciosamente todos os parâmetro estabelecido no Plano de Trabalho bilateral, estabelecido pelas duas entidades (MAPA-APHIS), visando aprovar a proposta de implementação dos critérios de Certificação Fitossanitária de Origem em propriedades e casas de embalagem, com vistas ao estabelecimento de Locais Livres da Praga (LLP) “Broca-do-Abacate” - Stenoma catenifer.

Além da implementação do LLP, segundo as diretrizes deste Plano de Trabalho, outros requisitos estabelecem que os locais de produção e os estabelecimentos processadores dos frutos in natura devem estar localizados em regiões sem a presença da “Mosca-da-Carambola” - Bactrocera carambolae, praga sem ocorrência no estado de São Paulo, bem como determina que toda partida de frutos deve estar livre da “Verrugose do Abacateiro” - Elsinoe perseae.

Abacate - variedade Hass (Persea americana P. Mill). Foto: istockphoto

Os procedimentos a serem adotados preveem atividades a serem desenvolvidas pelo produtor, por responsável técnico (RT) habilitado à emissão dos documentos fitossanitários, MAPA e CDA, tais como:

- Levantamento oficial de dados da área dois meses antes do início da colheita; registro do controle e monitoramento oficial mensal de pragas; registro do controle dos agrotóxicos utilizados durante o cultivo; treinamento do pessoal técnico que realizará as inspeções nos pomares; adoção de sistema de manejo integrado de pragas (MIP), retirada de frutos caídos semanalmente - com início nos dois meses que antecedem a colheita e se estendendo até o final da mesma; transporte de frutos para a casa de embalagem em até três horas após a colheita ou sua proteção para evitar a infestação por mosca-da-fruta até serem transportados.

Somente as casas de embalagem aprovadas e registradas pelo MAPA poderão processar frutos a serem exportados para os EUA, devendo estas atender requisitos específicos em infraestrutura, manutenção de condições sanitárias adequadas e adoção de medidas de controle para prevenir a reinfestação por pragas, entre outros.

O Plano de Trabalho operacional para o programa de exportação de frutos de abacate “Hass” do Brasil para os Estados Unidos e países afins é realizado mediante acordo de cooperação entre ambas as partes interessadas, sendo executado conforme o cumprimento de todas as diretrizes estabelecidas, comprovação das medidas de controle e monitoramento no campo e processamento de frutos em casas de embalagem devidamente registradas e cadastradas, visando o atendimento aos requisitos de frutos livres de pragas.

Conforme já reportado à área técnica da CDA, o Serviço de Inspeção da Saúde Animal e Sanidade Vegetal (APHIS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), enviou comunicado ao MAPA relatando que as informações coletadas durante a visita às áreas de produção de abacate foram satisfatórias para a prossecução do atendimento à implementação do LLP e abertura deste importante mercado.

Abacate - variedade Hass (Persea americana P. Mill). Foto: Pixabay License

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