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GEDAVE Agrotóxicos

Postado em 18/10/2021 às 11h08 | Por Assessoria de Comunicação CDA

Monitoramento dos agrotóxicos no Estado de São Paulo

Aplicação do produto na lavoura.

O estado de São Paulo representa a vanguarda da produção de alimentos. É um dos entes federativos que mais consome insumos agrícolas, inclusive os agrotóxicos. Uma coisa é certa, esses produtos químicos não têm uma simpatia muito grande da sociedade, mas por enquanto, é um mal necessário.

A palavra “agrotóxico” surgiu pela primeira vez em 1977, no livro do professor Adilson Paschoal, docente da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da USP. Até mesmo na segunda guerra mundial os agrotóxicos foram usados contra nações, mas em tempos atuais, estão voltados somente ao combate de pragas, doenças e ervas daninhas.

São muitos os agrotóxicos registrados no Brasil.

Armazenamento de Agrotóxicos.

De acordo com o banco de informações AGROFIT, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o produtor rural dispõe de 2.749 agrotóxicos registrados, sendo que 393 são biológicos, microbiológicos, bioquímicos e semioquimicos, ou seja, 15% dos agrotóxicos podem ser utilizados na agricultura orgânica. É um ótimo indicador. Significa que, aos poucos, a guerra travada em campo contra o ataque de pragas e doenças, será um combate menos químico, menos residual e de menor letalidade aos homens e animais. Aproximadamente 250 espécies vegetais estão qualificadas a receber algum tipo de agrotóxico; pode variar desde uma simples folha de hortelã até uma suculenta melancia.

Com essa grande quantidade de agrotóxicos disponíveis no mercado, é muito importante que a Coordenadoria de Defesa Agropecuária conheça, minuciosamente, as etapas do processo, por isso está em desenvolvimento, um sistema informatizado de processamento de dados chamado “GEDAVE Agrotóxicos”, que executará, no futuro, o monitoramento dos agrotóxicos no estado de São Paulo.

O uso consciente dos agrotóxicos garante proteção à saúde humana, ao meio ambiente e à produção agrícola.

Quando o sistema estiver disponível, a rastreabilidade terá início com a visita de um engenheiro agrônomo à propriedade rural e a constatação do problema em uma determinada cultura, para que a receita agronômica seja prescrita no próprio sistema Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE). Não será preciso imprimir a receita. Basta o agricultor se dirigir ao regular estabelecimento comercial, se identificar, apresentar o código GEDAVE da propriedade e estará apto a adquirir o agrotóxico que irá interromper ciclo lesivo acometido pela cultura.

O monitoramento proposto no GEDAVE é a observação constante e sucessiva de todas as etapas pós-fábrica de uma única embalagem de agrotóxico. É possível saber, com precisão, onde, quanto e quando, os agrotóxicos foram comercializados, armazenados e aplicados; além de monitorar também, se ocorreu dentro da lei a devolução das embalagens vazias de agrotóxicos e afins.

Pouco a pouco todos os envolvidos serão inseridos no sistema GEDAVE. Desde um pequeno agricultor, passando por engenheiros agrônomos, estabelecimentos comerciais de agrotóxicos, prestadores de serviços, fabricantes, importadores, exportadores, manipuladores e recebedores de embalagens vazias de agrotóxicos. Não é um trabalho simples, mas o nosso desafio é manter o estado de São Paulo na vanguarda.

Devolução de embalagens vazias.

Por último e de grande importância, os Escritórios de Defesa Agropecuária (EDAs), que são as unidades regionais da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, tornarão as inspeções mais direcionadas ao elo da cadeia que apresentou alguma inconsistência no sistema. Com o monitoramento, ou seja, com o olhar da sociedade e do poder público ao uso consciente dos agrotóxicos em todas suas etapas, busca-se a garantia de proteção à saúde humana, ao meio ambiente e à manutenção do patrimônio agrícola do estado.

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