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05/05/2011

Anemia Infecciosa Equina, uma preocupação constante da Defesa Agropecuária em SP.

Atualizado em 05/05/2011 às 00h00

Anemia Infecciosa Equina, uma preocupação constante da Defesa Agropecuária em SP.

05-05-2011 - Para saber mais do assunto e conhecer o trabalho que a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária desenvolve em todo o estado de São Paulo no controle da anemia infecciosa equina (AIE), eu entrevistei a médica veterinária Vera Lucia Nascimento Gonçalves.

1 - O que é a Anemia Infecciosa Equina? Quais os sintomas?

A AIE é uma doença infecciosa (produzida por um vírus), contagiosa (transmissível de um equídeo para outros), contra a qual não existe tratamento ou cura. O vírus causador muda a cada nova geração, o que impede a produção de uma vacina eficiente. Acomete os equinos, os asininos (asnos ou jegues), os muares (burros, mulas, bardotos) e as zebras. Geralmente não manifesta sintomas, sendo descoberta através dos exames de sangue realizados em laboratório. Daí a importância da realização desses exames, e da exigência do exame negativo para a liberação do trânsito desses animais e para sua participação em eventos de concentração de animais, visando a descoberta dos positivos e impedindo a disseminação da doença.

2 - Qual o tamanho do rebanho paulista de equídeos?

Segundo o último levantamento do LUPA/CATI, o total de equídeos no Estado de São Paulo é de aproximadamente 432.000 animais. Gostaríamos de ressaltar sua importância no meio rural, como grande prestador de serviço a todos os produtores, servindo como montaria, no transporte de cargas, tração e na lida com o gado. Também são muito utilizados como lazer, terapia, nas lides militares e na produção de soros humanos contra acidentes ofídicos (picadas de cobra) e contra o Tétano. A equideocultura paulista destaca-se também no cenário internacional nos setores de turfe, hipismo e competições esportivas.

3 - Qual o meio de transmissão?

De modo geral é transmitida pela picada de insetos hematófagos (que se alimentam de sangue), tais como as mutucas e as moscas de estábulo, mas também pode ser transmitida por agulhas de injeção não esterilizadas usadas em vários animais, utensílios como arreios e sela usados em animais machucados ou com feridos.

4 - Como controlar a AIE?

O único meio de combater e controlar a transmissão da AIE de modo eficiente consiste principalmente no sacrifício dos animais reagentes positivos ao exame laboratorial.

Deve-se também controlar o trânsito e os eventos de concentração animal.

5 - Qual a dimensão da doença no Estado de São Paulo?

Graças à atuação do serviço de defesa sanitária animal e da consciência sanitária dos produtores, a porcentagem de animais positivos encontrada em SP no momento atual é inferior a 0,1%. A cada ano são sacrificados cerca de 100 equídeos positivos, em aproximadamente 50 propriedades.

6 - Quais os prejuízos que a AIE acarreta?

São incalculáveis os prejuízos dela decorrentes, uma vez que esses animais são indispensáveis para a sobrevivência e permanência do homem no campo, ou seja, são fundamentais para todo o setor do agronegócio paulista.

7 - Como é trabalho da Defesa Agropecuária?

Compete à Coordenadoria de Defesa Agropecuária o controle dessa enfermidade no Estado de São Paulo. Todo laboratório que realiza o exame de AIE deve ser autorizado (credenciado) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e deve comunicar ao serviço estadual de defesa (CDA) os resultados positivos que encontrar. De posse do resultado do exame, o Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) interdita a propriedade ou local onde se encontra o animal positivo (foco), colhe sangue de todos os equídeos lá existentes e sacrifica os positivos encontrados. Também colhe sangue das propriedades vizinhas ou que tenham alguma ligação.

8 - Quais os cuidados que o produtor precisa fazer para que a AIE não chegue a seus animais ou à sua propriedade?

O produtor deve exigir o exame negativo de AIE toda vez que for comprar um equídeo, toda vez que levar seus animais para cobertura em outra propriedade ou em outro local por qualquer motivo, e somente participar de eventos que exijam exames de AIE antes de aglomerar os equídeos. Deve também manter sua propriedade ou o local destinado aos equídeos em boas condições de higiene, efetuar o controle de moscas e insetos, tratar os animais machucados com feridas, desinfetar os utensílios comuns a vários animais, utilizar uma agulha e seringa para cada animal. Deve também fazer o exame de AIE pelo menos uma vez ao ano, e sempre que seu animal tiver contato com outros. Procure o médico veterinário do EDA regional, para maiores orientações e auxílio.

INFORMAÇÕES:

- Assessoria de Imprensa da Coordenadoria de Defesa Agropecuária – 19 – 3045-3350 – Teresa Paranhos.

- Na Assessoria de Comunicação da Secretaria na Agrishow em Ribeirão Preto – 16 – 3911-8201

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