Workshop em Campinas discutirá a criação de uma política fitossanitária de longo prazo para o Estado de São Paulo
Workshop em Campinas discutirá a criação de uma política fitossanitária de longo prazo para o Estado de São Paulo
Ação da Coordenadoria de Defesa Agropecuária busca identificar os gargalos e propor ações para evitar a entrada de novas pragas agrícolas no Estado
28-08-2013 - Em 2013, a agricultura brasileira foi surpreendida por uma praga que nunca havia sido relatada no país, a Helicoverpa armigera. Não se sabe de onde ela veio e nem há quanto tempo foi introduzida no Brasil, mas o fato é que a “lagarta” colocou em alerta todo o sistema brasileiro de defesa vegetal: de gestores dos serviços oficiais aos produtores rurais, passando pelos pesquisadores incumbidos de desenvolver novos métodos de controle, pelos responsáveis técnicos pelas prescrições e pela indústria de defensivos. Sua ampla distribuição geográfica e alta densidade populacional apontam para um cenário nada animador: probabilidade extremamente baixa de sucesso de ações de erradicação ou supressão populacional. Ou seja, o produtor rural terá que aprender a conviver com esta nova praga e recalcular seus custos de produção.
As pragas exóticas são organismos que, quando introduzidos numa nova localidade, conseguem adaptar-se e passam a causar dano econômico. Usualmente, têm alta capacidade reprodutiva e de dispersão e, na ausência de inimigos naturais, proliferam rapidamente.
Apesar de o Brasil possuir um sistema de vigilância internacional para evitar a entrada dessas pragas, elas vêm ingressando no país. De 1901 a 2013, pelo menos 60 espécies foram introduzidas e se tornaram pragas agrícolas, muitas das quais conhecidas pelo produtor rural. A velocidade com que as novas introduções têm ocorrido vem aumentando de maneira exponencial, como resultado direto da globalização e da abertura de mercados. De 1994 a 2003, foram relatadas 17 novas pragas no Brasil e, de 2004 a agosto de 2013, outras 27. Grosso modo, isso corresponde a uma praga exótica a cada 8,2 meses na última década.
Diante deste cenário, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, realizará um workshop no dia 25 de setembro de 2013. Serão apresentados os últimos avanços na pesquisa e manejo da Helicoverpa armigera e serão discutidas as ações oficiais para prevenção de novas pragas. Essas ações incluem a fiscalização do trânsito, a implantação de sistemas de detecção precoce, o registro de agrotóxicos e o diagnóstico de espécies de pragas quarentenárias.
Mais do que apontar problemas ou procurar culpados, a Defesa Agropecuária está preocupada em identificar caminhos possíveis para evitar situações semelhantes à que se instaurou com a Helicoverpa. A vigilância deve ser a alma do sistema de Defesa Agropecuária e avanços só serão possíveis se tivermos uma melhor estruturação das barreiras interestaduais e internacionais e a aproximação com pesquisadores, órgãos de extensão e produtores no sentido de alcançar a rápida identificação das pragas.
O resultado do workshop contribuirá para o desenvolvimento de uma política estadual de longo prazo de defesa fitossanitária, com benefícios diretos para todo o agronegócio paulista.
As vagas estão limitadas a 250 participantes. Os interessados podem obter informações com organização do evento pelo telefone 31 - 3466.2161 ou pelo e.mail consultoria@defesaagropecuaria.com
SERVIÇO:
Workshop sobre Ameaça Fitossanitária – Helicoverpa armigera.
Data: 25 de setembro de 2013
Local: Campinas-SP
Atendimento à imprensa:
- Euclides de Lima M. Filho, diretor do Grupo de Defesa Sanitária Vegetal (19 - 3045.3421)
- Ane Veronez, do Centro de Fiscalização de Insumos e Conservação do Solo (19-3045.3441)
- Mário Sérgio Tomazela, do Centro de Defesa Sanitária Vegetal (14-8157.6622).