Greening e Cancro: índice das inspeções do 2º semestre de 2013 em São Paulo.
Greening e Cancro: índice das inspeções do 2º semestre de 2013 em São Paulo.
Com base nas inspeções realizadas nos pomares e as eliminações de plantas com sintomas de greening e suspeitas de cancro cítrico pelos produtores comerciais de citros do estado de São Paulo durante o segundo semestre de 2013, foram apresentados à Coordenadoria de Defesa Agropecuária 13.293 relatórios. Deste total, 12.930 foram entregues dentro do prazo, ou seja, até 15 de janeiro de 2014. Os citricultores informaram que foram inspecionadas 193,0 milhões de plantas cítricas – 26,3 milhões de plantas a menos do que o informado no primeiro semestre.
Foram erradicadas 3,5 milhões de plantas com sintomas do Huanglongbing-greening, 70,7 mil com sintomas do cancro cítrico, 3,7 milhões de plantas por outras doenças e motivos e 4,5 milhões de plantas foram eliminadas pela mudança de atividade. O relatório também mostra que, no mesmo período, 1,0 milhão de plantas cítricas foram replantadas.
As regiões dos Escritórios de Defesa Agropecuária (EDAs) com maior percentagem de plantas eliminadas em função do greening foram: Limeira (4,8%), Ribeirão Preto (4,7%), Araraquara (2,9%), Jaú (2,8%), Jaboticabal, (2,4%), São João da Boa Vista (2,3%), e Mogi Mirim (2,0%). Estes índices foram calculados tendo como base o total de plantas cítricas inspecionadas e o total de plantas eliminadas com sintomas do greening no respectivo EDA.
Sob a mesma base, o relatório mostra que os maiores índices de eliminação de plantas com sintomas do cancro cítrico estão nas regiões dos EDAs de General Salgado (1,00%), Jales (0,32%), Lins (0,07%), Barretos (0,05%) e Catanduva (0,05%)
Segundo Euclides de Lima Moraes Filho, diretor do Grupo de Defesa Sanitária Vegetal, “este é o primeiro relatório com a obrigatoriedade de declarar as inspeções e eliminações de plantas com sintomas do cancro cítrico. Em função da publicação da Resolução SAA-147, de 31-10-2013, o citricultor não é mais obrigado a erradicar as plantas no raio de 30 metros a partir da planta contaminada, mas ele precisa eliminar a planta contaminada e pulverizar com calda cúprica, na concentração de 0,1% de cobre metálico, as plantas de citros num raio perifocal de, no mínimo, 30 metros da planta contaminada, que foi eliminada. Repetir a pulverização a cada brotação e informar no relatório semestral”.
Mesmo não encontrando plantas com sintomas de greening e cancro cítrico, o citricultor deve preencher o relatório e enviá-lo. Caso tenha deixado a atividade, é preciso regularizar a situação, zerando o número de plantas no relatório.
Com relação ao cancro cítrico, Vicente Paulo Martello, diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal lembra que “se durante uma inspeção do órgão oficial de defesa agropecuária for detectada a ocorrência de cancro cítrico, serão colhidas amostras em plantas suspeitas e, se confirmadas como positivas, deverão ser eliminadas imediatamente ficando a propriedade em quarentena por dois anos.
Os citricultores que deixaram de relatar as inspeções no semestre estão sendo notificados pela Defesa Agropecuária para que apresentem o relatório. A não entrega do relatório sujeita o produtor a multas que variam de 100 a 500 unidades fiscais do estado de São Paulo (Ufesps). O valor de cada unidade é de R$ 20,14.
CONTATO:
Assessoria de Imprensa/Defesa Agropecuária – 19-3045.3350 – Teresa Paranhos – tparanhos@cda.sp.gov.br