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04/12/2015

Defesa realiza visita técnica em áreas de pesquisa e produção comercial de citros no Paraná

Atualizado em 04/12/2015 às 00h00

Defesa realiza visita técnica em áreas de pesquisa e produção comercial de citros no Paraná

Uma equipe técnica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento visitou a área de produção comercial de citros assistida no Paraná, para compartilhar informações e experiências e aproximação técnica sobre a produção de citricultura em áreas de pesquisa do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), Cooperativa Agroindustrial (Cocamar).

A equipe foi formada por engenheiros agrônomos da Pasta que atuam na Coordenadoria de Defesa Agropecuária, Mário Sergio Tomazela, coordenador substituto da Defesa, Luciano de Aquino Melo, Luís Fernando Bianco e Jamil Atihe Júnior diretores dos Escritórios de Defesa Agropecuária (EDAs) de Araraquara, Bauru e Jales e pelos engenheiros agrônomos Marlon Peres da Silva e Dácio Rocha, dos Escritórios de Avaré e Catanduva, acompanhada pelo pesquisador Franklin Behlau e o diretor científico Antonio Juliano Ayres, do Fundecitros, pelo coordenador-citrus Robson Ferreira Barnabé, o gerente da unidade de Paranavaí Agnaldo Crescencio da Purificação e o eng. agr.-citros Sérgio Villela Lemos, da Cocamar além da fiscal agropecuário Dirlene Rinaldi representante da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

Durante a visita foi apresentado o cenário da doença cancro cítrico, bem como o panorama da citricultura no estado do Paraná, um experimento com promissoras combinações de variedades com porta-enxerto que apresenta resistência ao cancro cítrico e observado que, tanto em área experimental, como em área comercial, a adoção de três principais medidas: quebra-vento, aplicação de cúpricos e controle de larva minadora em uso combinado favorecem a redução da incidência do cancro cítrico.

De acordo com o fiscal agropecuário da Adapar, Dirlene Rinaldi, estas medidas, além de serem recomendadas pela pesquisa, fazem parte das exigências fitossanitárias obrigatórias para implantação da cultura dos citros no estado do Paraná. Também foram apresentadas as informações sobre a certificação da produção de frutos in natura e solicitada a possibilidade de tratativa de aproximação entre a Defesa Agropecuária do estado de São Paulo e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná em assuntos inerentes às atividades de responsáveis técnicos dentro do processo de certificação fitossanitária.

No experimento conduzido no Centro Experimental do Iapar, em Xambré, disse Luís Fernando Bianco, “foram observadas as diferenças entre os diversos tratamentos realizados, com cúpricos, controle da larva minadora, influência de quebra-ventos e parcela testemunha. O experimento revelou que a adoção dos três tratamentos simultaneamente, favorece uma baixa incidência de cancro cítrico e, atualmente, é o método difundido pelo Iapar entre os produtores do Paraná, para manejo da doença”.

Nesta visita técnica foi possível conhecer a situação do cancro cítrico no estado do Paraná, as ações de defesa agropecuária por parte da Adapar, as exigências fitossanitárias para implantação da cultura de citros e a adoção de medidas de manejo obrigatórias. As diferenças na implantação da cultura e o comportamento da doença cancro cítrico no Paraná direcionaram o estado à adoção de diferentes métodos de manejo para produção de citros em propriedades contaminadas viabilizando o escoamento da produção de frutas frescas.

A equipe técnica, acompanhada dos técnicos da Cocamar, Fundecitrus e Adapar, visitou a propriedade rural do produtor Yoshichiro Kanabushi, com cultivo de citros e assistida por técnicos da Cocamar, com diferentes idades de plantio, onde é adotado o uso de quebra-vento, aplicação de cúpricos e controle de larva minadora. O uso combinado dos três métodos, na situação observada, influenciou numa pequena incidência da doença.

Sobre o experimento conduzido pelo Fundecitrus e Cocamar para a ”Avaliação de Variedades de Laranja ao Cancro Cítrico”, implantado em dezembro de 2012, estão sendo avaliadas 75 variedades de copa originadas do Iapar, IAC/Cordeirópolis e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq), em porta-enxerto Limão Cravo (todas as variedades) e Citromelo Swingle (três variedades). De acordo com os condutores do experimento, há promissoras combinações de variedades x porta-enxerto visando resistência ao cancro cítrico.

A equipe técnica de São Paulo também visitou uma das propriedades de produção de citros para indústria de Suco Prat’s, um talhão com plantio de Iapar 73 enxertada em Limão Cravo, que adota dois dos métodos de manejo do cancro cítrico, aplicação de cúpricos e controle da larva minadora e um talhão com plantio de Pêra Rio, enxertada em Tangerina Sunki, com adoção de três métodos de manejo do cancro cítrico, aplicação de cúpricos, controle da larva minadora e uso de quebra-ventos. De acordo com o produtor Antonio Pratinha, a baixa incidência da doença observada foi devido às medidas adotadas.

Cancro Cítrico é doença causada pela bactéria Xanthomonascitrisubsp. Citri. No estado de São Paulo, de acordo com a Resolução SAA-147, de 31-10-2013, o método a ser adotado para a supressão ou erradicação do cancro cítrico é a eliminação da planta contaminada e a pulverização, com calda cúprica na concentração de 0,1% de cobre metálico, de todas as plantas de citros, que estiverem em um raio perifocal de, no mínimo, 30 metros medidos a partir da planta eliminada contaminada. A pulverização deverá ser repetida a cada brotação.

Por Teresa Paranhos

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Coordenadoria de Defesa Agropecuária

Assessoria Imprensa

Telefone: (19) 3045.3350

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