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19/11/2015

Secretaria de Agricultura intensifica o monitoramento de Influenza Aviária em aves migratórias

Atualizado em 19/11/2015 às 00h00

Secretaria de Agricultura intensifica o monitoramento de Influenza Aviária em aves migratórias

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), intensificou o monitoramento de aves migratórias procedentes do hemisfério norte no estuário de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, no Estado de São Paulo. Como parte das medidas de vigilância passiva e ativa da Influenza Aviária.

Entre os dias 11 e 13 de novembro de 2015, O Escritório de Defesa Agropecuária de Registro, em parceria com a Associação Paulista de Avicultura e Universidade de São Paulo, convidou os pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal Rural de Pernambuco e da Universidade do Vale do Itajaí/SC, para realizar a captura de aves e a colheita de amostras, no extremo sul do município de Ilha Comprida, às margens do Canal de Icapara.

De acordo com o coordenador da Defesa, Fernando Gomes Buchala, a vigilância é feita com amostras de fezes frescas, que são encaminhadas para o laboratório do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP). “É um trabalho que já vem sendo desenvolvido há algum tempo. Já foram coletadas 96 amostras depositadas no laboratório do ICB, aguardando processamento”, disse.

Outra atividade de fiscalização, de acordo com Buchala, é a colheita de material de aves de subsistência e análise laboratorial pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros), pertencentes ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Mais de 300 amostras da área já foram analisadas, com resultados laboratoriais negativos para o vírus”, afirmou do coordenador.

A vigilância ativa da Influenza Aviária, com captura de aves migratórias e colheita de material é feita nesse período de grande afluxo. Neste período, as aves se deslocam do hemisfério norte, com destino ao hemisfério sul e podem trazer consigo o vírus causador da influenza aviária.

A influenza aviária é exótica no Brasil e o Estado de São Paulo nunca registrou nenhuma positividade ao vírus influenza em amostras colhidas em vigilância ativa e passiva, o que demonstra a ausência do vírus no plantel avícola estadual.

O Estado de São Paulo não registrou nenhum foco da influenza, o que tem garantido a abertura de mercados para a produção avícola paulista.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, lembrou que o monitoramento realizado pela Defesa Agropecuária é fundamental e busca evitar que as aves migratórias sejam um caminho para a entrada da influenza aviária em São Paulo, já que as aves vêm do hemisfério norte, onde há graves problemas. “Estamos realizando os trabalhos de prevenção à doença para preservar as nossas granjas, já que, somadas as atividades de postura e corte, a avicultura é o segundo item mais importante economicamente do agronegócio paulista. Orientados pelo governador Geraldo Alckmin, estamos esclarecendo as granjas sobre os cuidados que elas devem ter para evitar a entrada do vírus em suas propriedades”, destacou.

O secretário destacou ainda que no caso de ocorrência de influenza aviária medidas de interdição e sacrifício das aves infectadas devem ser adotadas com impacto no fechamento das fronteiras e prejuízo social por deixar em situação econômica delicada os produtores atingidos. “Estamos equipando nossos laboratórios para fazerem o diagnóstico da doença, realizando pesquisas sobre a Influenza e reforçando nossas medidas de defesa sanitária”, pontuou Arnaldo Jardim.

Em 2 de julho deste ano, em Descalvado, a Secretaria de Agricultura inaugurou o novo Laboratório de Controle Microbiológico do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola (Captaa), do Instituto Biológico, que atestará a sanidade dos plantéis avícolas para as doenças de influenza aviária e laringotraqueíte, indispensáveis para exportação. O laboratório do IB é acreditado junto ao Inmetro pela norma ISO 17025.

De acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), o Estado de São Paulo liderou a produção de ovos em 2014, com 851,3 milhões de dúzias, cerca de 30% do total nacional, sendo que a cidade de Bastos é a maior produtora do Estado e do Brasil - responde por 40% da produção estadual e por 15% da produção nacional; São Paulo exportou 308,5 mil toneladas de carne de frango em 2014, quantidade 7,3% maior que a do ano anterior, com valores de US$ 556,4 milhões, superior em 5,45%, em relação a 2013; e o maior exportador nacional de material genético (ovos férteis de galinha).

Estão cadastrados no Estado (dados do Gedave): 3.095 estabelecimentos de frangos de corte; 421 estabelecimentos de postura comercial; e 277 estabelecimentos de reprodução (fornecedores de materiais genéticos).

O plano de prevenção de São Paulo está disponível no site da Coordenadoria de Defesa Agropecuária e contém todas as informações.

Por Paulo Prendes

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Assessoria de Comunicação

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

(11) 5067-0069

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