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20/10/2016

Defesa Agropecuária estabelece procedimentos para a campanha de vacinação contra a febre aftosa

Atualizado em 20/10/2016 às 00h00

Defesa Agropecuária estabelece procedimentos para a campanha de vacinação contra a febre aftosa

Para estabelecer procedimentos com o objetivo de garantir que o total de 10,6 milhões de bovídeos do rebanho paulista sejam imunizados contra a febre aftosa, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento reuniu em Bauru, nos dias 6 e 7 outubro, os assistentes de defesa sanitária animal dos 40 escritórios regionais para padronizar as atividades que serão desenvolvidas durante esta etapa, que deve ser realizada durante o mês de novembro, com a vacinação de todos os bovinos e bubalinos do rebanho.

O trabalho dos médicos veterinários, técnicos de apoio agropecuário e outros profissionais da Defesa Agropecuária se inicia muito antes da campanha, com visitas às revendas para garantir que a vacina colocada no mercado esteja armazenada de forma correta para não perder sua eficácia e atingir o objetivo proposto. Também são estabelecidas e comunicadas as vacinações que deverão ocorrer na presença do órgão oficial.

“Todo este trabalho é documentado para ser apresentado em auditorias do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a missões internacionais. Essas documentações, geradas durante estas atividades, também são apresentadas para avaliação e classificação do risco do Estado para a ocorrência de febre aftosa”, disse o titular da Defesa, Fernando Gomes Buchala

Com a proposta de retirada gradual da vacinação até 2020, a Defesa Agropecuária, em parceria com o Mapa, já treinou 104 médicos veterinários sobre a aplicação do plano de contingência para febre aftosa e atendimento à notificação de suspeita de doença vesicular oferecendo conhecimento técnico atualizado e experiência para a atuação em um possível foco de febre aftosa.

O treinamento teórico e prático foi ministrado por profissionais do Mapa e por pesquisadores do Instituto Biológico (IB), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria.

Seneca Valley Virus (SVV)

O Seneca Valley Virus (SVV) é uma doença vesicular idiopática de suínos, que de início pode ser confundida com a febre aftosa. Ela causa vesícula no focinho e pés dos suínos e tem o problema de ser uma doença de diagnóstico diferencial da febre aftosa. Por ser uma doença vesicular, deve-se reforçar a atenção.

Os primeiros relatos desta doença no Brasil ocorreram no segundo semestre de 2014 nos Estados de Minas Gerais e Goiás, disseminando para Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tradicionais na área de produção de suínos.

“Para a Defesa Agropecuária é fundamental saber identificar clinicamente a doença do Seneca Valley Virus para não ser confundida com a febre aftosa”, disse Luís Guilherme de Oliveira, professor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal, convidado para falar na reunião dos assistentes.

“O produtor deve ter cuidado com a biosseguridade de suas granjas. Deve conhecer a origem dos animais de reposição, ter procedimentos de visitas e todos os conhecimentos de biosseguridade que devem ser implantados e seguidos na granja”, disse o professor. O criador deve estar sempre em estado de alerta porque se a SVV, chega ao plantel, pode causar prejuízos.

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa será realizada de 1 a 30 de novembro. Os bovídeos de zero a 24 meses que foram vacinados na primeira etapa da campanha, realizada em maio, também devem ser vacinados.

Por Teresa Paranhos

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Coordenadoria de Defesa Agropecuária

Assessoria de Imprensa

Telefone: (19) 3045.3350

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