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19/05/2016

Secretaria de Agricultura orienta técnicos sobre a proliferação da mosca dos estábulos no rebanho paulista, em Araçatuba

Atualizado em 19/05/2016 às 00h00

Secretaria de Agricultura orienta técnicos sobre a proliferação da mosca dos estábulos no rebanho paulista, em Araçatuba

Treinamento foi ministrado em Araçatuba a 150 técnicos da Secretaria que atuam na CDA e na Cati, e da Cetesb.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio das Coordenadorias de Defesa Agropecuária (CDA) e de Assistência Técnica Integral (Cati), promoveu, no dia 18 de maio, em Araçatuba, o treinamento de 150 técnicos da Pasta e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), para reduzir a proliferação da mosca dos estábulos ( Stomoxys calcitrans). O inseto, que se alimenta do sangue de animais, tem representado prejuízos na criação do gado de corte e leite no Estado, por ser o portador de parasitas sanguíneos.

A atualização técnica teve como base um estudo elaborado por Grupo Técnico de especialistas da Pasta, que foi apresentado na ocasião, que detectou que o manejo inadequado da vinhaça e da palha da cana-de-açúcar pode ocasionar a proliferação do inseto. Na programação do evento, os técnicos puderam saber mais sobre a biologia do inseto, bem como os critérios e procedimentos para aplicação da vinhaça no solo agrícola.

Representando o secretário Arnaldo Jardim, o assessor parlamentar Sergio Murilo Hermógenes Cruz ressaltou a integração das coordenadorias da Pasta para solucionar o problema. “À luz do conhecimento e do estudo, as ações conjuntas dos órgãos da Secretaria e especialistas do grupo de trabalho propiciam um encaminhamento vital a este problema grave e recente que tem afetado o rebanho paulista“, avaliou Sergio.

“O Estado de São Paulo não pode abrir mão de ser o maior produtor de conhecimento do País e nesta ocasião, estamos habilitando a infantaria da Secretaria, que são os técnicos, para que possam levar orientações aos produtores e contribuir com o seu desenvolvimento”, disse.

O coordenador da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria, Fernando Gomes Buchala enfatizou a importância do trabalho conjunto realizado pelos órgãos da Secretaria. “Quando existe a aproximação dos diversos setores produtivos, é possível criamos uma energia positiva capaz de superar as dificuldades”, ressaltou.

Também participaram da abertura do evento o dirigente da Assessoria Técnica da Secretaria, José Luiz Fontes, e o representante da CDA em Araçatuba, Luiz Henrique Barrochelo.

O presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), Marco Antonio Viol, que apoiou a realização do treinamento, observou que a evolução do setor canavieiro nos últimos anos, principalmente o fim da queima da palha de cana-de-açúcar, exige uma mudança de comportamentos. “Precisamos resolver este problema da infestação pela mosca e tenho a certeza de que este treinamento possibilitará que sejam tomadas medidas técnicas adequadas, sem agredir o meio ambiente”, pontuou.

Para o diretor do Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR) de Araçatuba, Claudio Antonio Baptistella, a iniciativa sinaliza a preocupação da Secretaria em apresentar rápida solução a este problema que recentemente tem afetado o setor. “O ponto forte da ação é a integração das áreas da Secretaria, que tem a preocupação de dotar o seu corpo técnico de conhecimento para orientar os produtores. Este treinamento padronizará as informações que serão transmitidas e a sua realização, em Araçatuba, é importante porque o problema atinge as duas principais atividades econômicas da região, em termos de valor da produção, que são a cana-de-açúcar e a pecuária”, explicou.

Grupo Técnico

O Grupo Técnico, instituído pela Resolução SAA Nº 36, é composto por especialistas da Secretaria que atuam no Instituto Biológico, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e nas Coordenadorias de Defesa Agropecuária (CDA) e de Assistência Técnica Integral (Cati), da Secretaria.

Entre outras medidas, o grupo concluiu que o combate a proliferação da mosca deve ser realizado com o controle do despejo da vinhaça da cana-de-açúcar, apresentando sugestões de controle do resíduo originado da destilação da garapa com o objetivo de combater as condições ideias para a infestação dos rebanhos pelo inseto.

De acordo com o especialista da Cati e integrante do grupo, Sidney Ezídio Martins, que apresentou as conclusões do trabalho, as ações de controle e prevenção implicam ação conjunta das usinas e dos produtores rurais. “É fundamental conscientizar as usinas sobre o correto manejo da palha e da vinhaça, para que não se tornem um meio de cultura para a proliferação da mosca. Da mesma forma, os produtores também devem evitar criar condições para o seu desenvolvimento”, disse Martins, ressaltando a necessidade de observar as regras da Cetesb para evitar o acúmulo do resíduo nos canaviais.

Por Paloma Minke

Assessoria de Comunicação

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - (11)5067-0069

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