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08/05/2017

Vacinação em Sertãozinho abre campanha contra a febre aftosa em São Paulo

Atualizado em 08/05/2017 às 00h00

Vacinação em Sertãozinho abre campanha contra a febre aftosa em São Paulo

Secretário Arnaldo Jardim iniciou campanha que deverá imunizar 4.7 milhões de bovideos até 31 de maio de 2017

Como marco do início da primeira etapa da campanha de vacinação de bovídeos (bovinos e bubalinos) com idade de zero a 24 meses contra a febre aftosa no Estado de São Paulo, o secretário de Agricultura e Abastecimento paulista, Arnaldo Jardim, acompanhado do titular da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, Fernando Gomes Buchala, realizou no dia 5 de maio a vacinação de um bovídeo na Unidade de Bovinos de Corte, do Instituto de Zootecnia (IZ), em Sertãozinho. No total, 4,7 milhões de bovídeos de zero a 24 meses devem ser vacinados até 31 de maio.

No lançamento, o secretário Arnaldo Jardim ressaltou que “a cada etapa da campanha - maio e novembro - o Estado tem alcançado índices significativos, afastando o fantasma da febre aftosa, o que é muito importante para a sanidade do rebanho bovino”. E apontou que “a Secretaria tem discutido para caminhar no sentido de em breve credenciar o Estado como zona livre de aftosa sem vacinação”.

O coordenador da Defesa Agropecuária, Fernando Gomes Buchala, destacou que além do contingente de 11 milhões de cabeças do rebanho paulista, São Paulo recebe, por ano, mais de 2 milhões de animais vindos de outros Estados - para abate ou para terminação. “São de nossos frigoríficos que exportamos carne para ao Brasil e para mais de 160 países”, disse.

O coordenador lembrou que o Estado está há 21 anos sem registro da doença, o que mostra um esforço e a conscientização dos produtores, do setor e do governo para almejar novas conquistas. “Até 2021, fazermos a retirada gradativa da vacinação para que possamos conseguir junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o reconhecimento de Estado livre da febre aftosa sem vacinação. Com esse novo reconhecimento, poderemos ampliar o número de países que compram a carne de São Paulo, além de agregar valor ao nosso produto”, disse Buchala.

Consciente da importância de vacinar contra a febre aftosa, Ivone Cristovão, que tem propriedade no município de Buritizal-SP, destacou alguns cuidados que são importantes na hora de vacinar os 38 bovinos da propriedade. “Os cuidados começam no momento que a vacina sai da loja, pois tem um jeito correto de acondicionar e a geladeira não pode ficar abrindo e fechando. Às vezes já fazemos a vacinação quando chega e vacina”, explicou Ivone.

Participaram do lançamento da campanha Orlando Melo de Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta); João Brunelli Júnior, titular da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati); Benedito Carlos Dias, diretor do EDA de Ribeirão Preto; Renata Helena Branco Arnandes, diretora do Instituto de Zootecnia; Nilton César Teixeira, vice-prefeito de Sertãozinho; Rogério Magnini dos Santos, vereador de Sertãozinho; e João Sanches, ex-vereador e presidente do PPS em Sertãozinho.

Cuidados para garantir uma boa vacinação

- adquirir vacina somente em estabelecimentos cadastrados pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária. A legislação proíbe o uso de vacinas contra a febre aftosa adquiridas em etapas de vacinações anteriores;

- a vacina deve ser mantida refrigerada, entre 2 e 8 graus centígrados, tanto no transporte como no armazenamento, usando para isso uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo. A vacina não deve ser congelada.

- escolher o horário mais fresco do dia para realizar a vacinação;

- vacinar de preferência no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independente da idade, a dose é de 5 ml de vacina. A vacinação é obrigatória para todos os bovinos e bubalinos com até 24 meses;

- usar seringas e agulhas higienizadas - sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro);

- substituir a agulha com frequência, para evitar infecções;

- manter os frascos da vacina resfriados durante a operação;

- classificar os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes durante a vacinação;

- a vacinação deve ser realizada de 1 a 31 de maio de 2017. O criador tem até o dia 7 de junho para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária ou pelo sistema informatizado Gedave. É preciso ainda, declarar todo o rebanho bovídeo e também todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como: equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).

A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória. O criador que não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária sofrerá as seguintes penalidades: multa de 5 Ufesps, ou seja R$ 125,35 por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps, ou seja R$ 75,21 por cabeça por deixar de comunicar a vacinação. O valor de cada Ufesp - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é de R$ 25,07

Por Teresa Paranhos

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