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05/09/2018

Coordenadoria de Defesa Agropecuária completa 20 anos

Atualizado em 05/09/2018 às 00h00

Coordenadoria de Defesa Agropecuária completa 20 anos

No dia 1º de setembro de 2018 a Coordenadoria de Defesa Agropecuária completou 20 anos de criação, consolidando seu papel fundamental na garantia da sanidade animal e vegetal no setor agropecuário do estado de São Paulo.

A instituição, antes um Departamento da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), por meio do Decreto nº 43.424, de 1º de setembro de 1998, passou a ser vinculada diretamente à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, garantindo autonomia de recursos e maior dinamismo nas ações, por meio de suas unidades regionais espalhadas em todo o Estado.

As duas décadas de atividades foram comemoradas com a realização do “VI Encontro Estadual de Defesa Agropecuária” que reuniu no dia 3 de setembro, em Campinas, representantes das áreas técnica e administrativa das 40 regionais da Coordenadoria e da sede, e empresas parceiras ligadas às ações de defesa agropecuária no Estado, para atualização de temas relativos aos agronegócios e a proteção ambiental, saúde pública e segurança alimentar.

Francisco Sergio Ferreira Jardim, Secretário de Agricultura e Abastecimento destacou que a estruturação da Coordenadoria foi fundamental para atender aos padrões exigidos internacionalmente e à necessidade de diminuir barreiras comerciais entre os países, preconizada pelo Acordo Geral de Tarifas e Comércio (do inglês Gatt) de 1947. “Destaco a importância dos controles sanitários exercidos para os avanços da produção agropecuária paulista”, disse Jardim, frisando que o mundo exige novas certificações de responsabilidade social e ambiental.

O coordenador da Defesa, Fernando Gomes Buchala, disse que a criação da Coordenadoria foi “um grande passo para toda cadeia produtiva que dependia de uma estrutura governamental com finalidade específica para tender os compromissos e os acordos fito e zoosanitários”. Destacou os desafios que a instituição tem pela frente como os relacionados aos produtos artesanais, ao bem estar animal, a inspeção de produtos de origem vegetal, ao monitoramento dos resíduos de agrotóxicos, aos orgânicos, a rastreabilidade e outras que ainda estão por vir. Concluiu dizendo que “a instituição está preparada para propor uma ampla revisão nas normas e regulamentos, atualizar as legislações sanitárias evoluir a estrutura administrativa para modelos modernos de gestão pública”.

Participaram também do evento, Andréia Figueiredo Procópio de Moura, superintendente Federal de Agricultura de São Paulo/Mapa, Henrique Mazotini, presidente executivo da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, Masaio Mizuno Ishizula, presidente do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa/SP) e Mário Eduardo Puga, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SP (CRMV-SP).

Economia e o agronegócio

A pauta técnica do evento teve início com a apresentação da linha do tempo, com destaque para os momentos históricos, as ocorrências e as atualizações das legislações que regem as ações delegadas de defesa agropecuária, pela assessora de comunicação do órgão, a jornalista Teresa Paranhos.

O coordenador-adjunto, Mário Sérgio Tomazela, apresentou a contribuição da legislação agropecuária e atividades sanitárias para o desenvolvimento do agronegócio paulista, enfatizando “as conquistas, os desafios quase que diários, e a responsabilidade das certificações que garantem a sanidade animal e vegetal para uma produção agropecuária, ambiental e econômica, em um Estado com o potencial de São Paulo”.

Guilherme Henrique Figueiredo Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) proferiu palestra sobre o Sistema Brasileiro de Defesa Agropecuária. Falou sobre o compromisso do Mapa que é compartilhado com os Estados, sobre as demandas globais por segurança alimentar e os desafios na proteção e valorização do patrimônio agropecuário, no crescimento e intensificação do setor privado e sobre a emergência e reemergência de enfermidades no território brasileiro.

O Agronegócio e a Economia em 2019: Perspectivas para o Brasil e para o Estado de São Paulo foi tema da palestra de Felippe Cauê Serigati, professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV EESP). Já o Agronegócio Paulista foi tema da palestra proferida por Cláudio Silveira Brisolara, chefe do Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar).

Sanidade e parcerias

Várias autoridades presentes destacaram a importância do trabalho intensivo e decisivo em defesa sanitária para a valorização dos produtos dos agronegócios do Estado e do País.

Choichi Saito, presidente da Cooperativa Agrícola de Guatapará (GOAG) destacou “a iniciativa e comprometimento do trabalho efetuado pela Coordenadoria no município de Guatapará na resolução dos diversos problemas enfrentados” como na ocorrência da Laringotraqueíte Infecciosa no plantel avícola do Núcleo Colonial Mombuca, no final de 2009.

Para o presidente do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) Lourival Carmo Mônaco, a criação da Coordenadoria foi positiva para o estado de São Paulo e a defesa fitossanitária “foi uma evolução do trabalho que se faz em prol de uma agricultura positiva e rentável”.

Emílio César Fávero, presidente da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM) parabenizou os funcionários da instituição e manifestou o desejo de que “a Defesa possa, projetando no seu futuro, se integrar, se interagir com o setor privado para construirmos juntos, uma Defesa que seja ágil, moderna e consoante com as necessidades do mundo moderno”.

João Cesar Meneguel Rando, diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) destacou que “além de cuidar da sanidade da agropecuária do estado de São Paulo, a Coordenadoria de Defesa presta relevantes serviços ao participar, em parcerias com a iniciativa privada, de projetos, como com o inpEV, para a retirada de mais de 300 trezentas toneladas de BHC das propriedades rurais\".

José Ovídio Sebastianini, presidente da Associação dos Estabelecimentos com SISP e Aderidos ao SISBI/POA (Assesisp) parabenizou a organização e destacou que o trabalho realizado é importante “para que todos nós consumidores deste Estado tenhamos em nossa mesa alimentos, tanto de origem animal e vegetal, saudáveis e com controle de qualidade”.

Erico Antonio Pozzer, presidente da Associação Paulista de Apicultura destacou o trabalho de parceria junto à Coordenadoria, através de convênio assinado com a Secretaria, somando esforços em prol da sanidade avícola onde São Paulo tem destaque na produção de ovos e genética.

Homenagens

Servidores aposentados da Coordenadoria de Defesa Agropecuária foram homenageados pela dedicação e profissionalismo ao longo de uma jornada de serviços prestados. Foram eles os engenheiros agrônomos Berenice Buso Spir (do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) Catanduva) e José Roberto Zancaner Vita (EDA General Salgado), os médicos veterinários Vera Lúcia Nascimento Gonçalves (CAD/Sede) e Massaiuki Koeke (EDA Araçatuba), os administrativos Maria Cecília de Castro Bucci (Sede) e Luiz Silvestre Neto (EDA Mogi Mirim).

O medico veterinário José Eduardo Alves de Lima, recebeu a homenagem representando os servidores do Departamento de Defesa Agropecuária/Cati que participaram da primeira reunião realizada em 1997, no município de Barra Bonita-SP (EDA Jaú), para discutir as estratégias que deram origem à criação da Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Participaram desta reunião os médicos veterinários Edson Mandagaran Ramos e Armando Salvador da Silva (da Sede, em Campinas), Rames Abdo (EDA Andradina), Wanda da Silva Marquezini e Massaiuki Koeke (Araçatuba), Sílvia Maria Galdio Augusto (Campinas), Susumu Ishikawa (Fernandópolis), Mário Kazuaki Sakashita (Jales), José Eduardo Alves de Lima (Lins), Walmor Pedro Fantinel (Ourinhos), Rocky Alan Lamers (Presidente Prudente), Benedito Carlos Dias (Ribeirão Preto), Luiz Antonio de Abreu e Souza e Carlos Maurício Leal (São José do Rio Preto), e os engenheiros agrônomos João Bertola (EDA Andradina), José Garcia Alves Ferreira (Franca), Antonio Celso Alves Villela (Lins), Rui Marcos Lopes Correa (Piracicaba) e Marco Antonio de Moraes (Sorocaba). A estes, muitos outros se juntaram para consolidar a Coordenadoria e escrever sua história.

Selo comemorativo

Foi criado um selo comemorativo pelo designe Daniel Angelone, onde o registro dos “20 Anos” repousa de forma leve sobre uma base sólida e estruturada. O tom terroso representa a estabilidade e a segurança e os reflexos em amarelo, a energia do sol, que confere confiabilidade e clareza para realizar com competência e responsabilidade a missão da instituição de “garantir a sanidade e a qualidade nas cadeias produtivas do agronegócio paulista para aumentar a sua competitividade nos mercados nacional e internacional e contribuir para a proteção do meio ambiente, da saúde pública e do desenvolvimento econômico e social”.

Comissão Organizadora

A comemoração se tornou possível graças à contribuição dos funcionários e ex-funcionários no levantamento histórico e na consolidação de uma publicação com o registo das atividades desenvolvidas durante essa história de existência. Todo o material foi trabalhado pela comissão organizadora (Portaria CDA 31, de 17-8-2018) formada pela jornalista Teresa de Jesus Paranhos, pelos médicos veterinários João Gustavo Pereira Loureiro (EDA Catanduva) e Rita Coelho Gonçalves (EDA São Paulo), pelos engenheiros agrônomos Luciano de Aquino Melo (EDA Araraquara) e Alexandre Paloschi (EDA de Catanduva), pelo diretor administrativo Rômulo Marques de Sá Rodrigues (EDA Presidente Prudente), pelo técnico de apoio administrativo e também jornalista João Leopoldo Baltus (EDA Marília) e pelo chefe da informática Ronaldo Cabride.

Por Teresa Paranhos

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