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17/12/2018

Febre Aftosa: Secretaria envia médicos veterinários da Defesa Agropecuária para operação conjunta na Venezuela

Atualizado em 17/12/2018 às 00h00

Febre Aftosa: Secretaria envia médicos veterinários da Defesa Agropecuária para operação conjunta na Venezuela

Os médicos veterinários, juntamente com equipes locais, participaram da distribuição das vacinas.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo enviou para a Venezuela, dois médicos veterinários que atuam junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária, para colaborar na \"Execução de Atividades do Plano de Cooperação Técnica para o Norte da Sub-Região Andina (Plano de Vacinação contra Febre Aftosa no Rebanho Bovino e Bubalino da Venezuela)\", promovida pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os médicos veterinários Matheus Braga Martins, do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Orlândia e Márcio José Florindo de Freitas, do EDA de Presidente Prudente embarcaram para a Venezuela no dia 24 de novembro e permaneceram no país vizinho até 07 de dezembro, data da suspensão temporária das atividades naquele país, atuando juntamente com equipes locais na distribuição de vacinas contra a febre aftosa de bovídeos. Para a operação conjunta, os médicos veterinários brasileiros, coordenados pelo Ministério e pelo Panaftosa, foram autorizados a entrar no país vizinho para atuar na logística da distribuição das vacinas doadas pelo Brasil.

“A participação de São Paulo nesta ação internacional reforça o compromisso do Estado na manutenção do status de ‘livre de febre aftosa com vacinação’ e o seu encaminhamento para o status ‘livre sem vacinação’ e na proteção dos rebanhos contra o vírus”, disse Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agropecuária. Além de colaborar, os médicos veterinários terão a oportunidade de treinar e de enriquecer suas experiências à campo, conhecendo a realidade de um país que atualmente está sem reconhecimento oficial de seu status pela OIE, da mesma forma com que, com estas ações, será fortalecido o sistema de vigilância venezuelano.

Estratégia e segurança

Durante a 45ª reunião da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA) realizada em abril de 2018 em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, foi aprovada a Resolução 1, que trata do estabelecimento do Plano de Cooperação Técnica. Este plano estabelece a execução de vacinação contra febre aftosa no rebanho bovino e bubalino da Venezuela por um período de dois anos, podendo ser prorrogado.

A Venezuela é o único país das Américas ainda não reconhecido como livre de febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e vem sendo considerado uma das principais ameaças à saúde do rebanho bovino brasileiro.

Em nota publicada pela comunicação do Ministério, Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal e delegado do Brasil na OIE, disse que a operação conjunta na Venezuela interessa a toda a América do Sul, em especial ao Brasil. “Não é simplesmente uma questão humanitária, mas de estratégia e segurança. Existe um plano hemisférico de combate à doença”, disse.

O Brasil é o país que possui o segundo maior rebanho bovídeo do mundo, são mais de 226 milhões de cabeças (22,64% do total de animais bovídeos do planeta). A participação do Brasil é importante, principalmente em função do risco de reintrodução do vírus causador da febre aftosa no país, vindo do território venezuelano, caso este país não consiga erradicar a doença.

Por Teresa Paranhos

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