Francisco Jardim participa em Paris do anúncio do Brasil como zona livre de febre aftosa
Francisco Jardim participa em Paris do anúncio do Brasil como zona livre de febre aftosa
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Jardim, participa desde o domingo (20), em Paris, França, da 86ª Sessão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Na ocasião, o Brasil está sendo reconhecido pela OIE como zona livre de febre aftosa com vacinação.
Francisco Jardim ressaltou que o reconhecimento é fruto de um trabalho compromissado e sério da defesa agropecuária brasileira, reconhecida internacionalmente com o novo status sanitário brasileiro. “Mostramos que a sanidade animal é uma das principais preocupações do setor produtivo brasileiro”, disse o secretário.
“O novo status sanitário concedido por esta renomada Organização representa o reconhecimento da vitória de uma longa e dura trajetória e de muita dedicação de pecuaristas e do setor veterinário oficial brasileiro. Motivo de muito orgulho dos brasileiros que lutaram e lutam para o bem do Brasil”, pontuou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi.
A importância do reconhecimento pela OIE afeta positivamente o setor agropecuário brasileiro, essencial para economia do País e que tem garantido resultados expressivos na Balança Comercial, na geração de emprego e renda e contribuído para o controle da inflação e melhoria das condições de vida da população.
Em 2017, somente a pecuária representou um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 175,7 bilhões. No mesmo período, apenas o complexo carnes teve um crescimento nas exportações da ordem de 8,9%, atingindo um volume de US$ 15,5 bilhões. “Esse crescimento das exportações brasileiras se deve, além da inquestionável qualidade e competitividade dos nossos produtos, sobretudo à melhoria da condição sanitária do rebanho nacional”, lembrou o ministro.
Na quinta-feira (24), a Organização Mundial de Saúde Animal declara oficialmente o Brasil como País Livre da Febre aftosa com vacinação, reconhecendo 50 anos de trabalho bem-sucedido do serviço veterinário e dos produtores rurais brasileiros.
São Paulo livre da febre aftosa
O combate à febre aftosa no Estado de São Paulo teve início na década de 70. A partir de 1992, a Secretaria passou a adotar medidas para a erradicação da doença. O último foco registrado no Estado foi em março de 1996 no município de São Carlos.
Em 24 de maio de 2000, São Paulo obteve o reconhecimento internacional de “livre da febre aftosa com vacinação” pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Busca-se agora o reconhecimento do status de “livre da febre aftosa sem vacinação” até 2020, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento e à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A retirada da vacinação contra a febre aftosa está prevista no Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, do Mapa. Para São Paulo, que pertence ao grupo IV, juntamente com os Estados da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins, a previsão é em 2021. O rebanho bovídeo (bovino e bubalino) paulista é de 11 milhões de cabeças.
Mário Sérgio Tomazela, coordenador-adjunto da Defesa Agropecuária, representando o coordenador Fernando Gomes Buchala e a diretora do Grupo de Defesa Sanitária Animal (GDSA) Erika Ramos Mello, acompanham o secretário Francisco Jardim na 86ª Sessão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris quando o Brasil está sendo reconhecido pela OIE como zona livre de febre aftosa com vacinação.
Reunidos
Francisco Jardim também participou em Paris de reunião bilateral “importante entre Brasil e França, com os ministros de Agricultura dos dois países e técnicos, onde discutimos temas importantes como as sanções às exportações de carne de frango, a utilização de defensivos, a proibição do uso do glicosado e outros temas diversos de interesse dos dois países”, contou o secretário.
Participam também a deputada federal Teresa Cristina, presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA); o embaixador do Brasil na França, Paulo de Oliveira Campos; e Carlos Marcio Cozendey, embaixador do Brasil para Assuntos Econômicos Internacionais em Paris.