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03/05/2018

Qualidade das mudas de seringueiras produzidas em bancada e substrato é demonstrada na Agrishow

Atualizado em 03/05/2018 às 00h00

Qualidade das mudas de seringueiras produzidas em bancada e substrato é demonstrada na Agrishow

Durante a Agrishow, que vai até 4 de maio em Ribeirão Preto, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária montou um estande com mudas de seringueiras produzidas em substrato e sobre bancada para que o produtor de borracha ou mesmo o produtor interessado que estiver visitando a feira possa comprovar a qualidade das mudas e receber todas as informações técnicas.

O objetivo “é possibilitar ao visitante a oportunidade de conhecer o sistema de produção de mudas sadias e livres de nematoides, com alta qualidade genética, porque tem rastreabilidade de todo o material genético utilizado na sua produção” disse o engenheiro agrônomo Paulo Fernando Brito, que junto à Defesa responde pela diretoria técnica do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Barretos.

A técnica foi desenvolvida pelo EDA de Barretos em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal e consiste na produção em que as plantas ficam suspensas em uma bancada de pelo menos 40 centímetros de altura em vez de cultivá-las diretamente no chão.

A produção desta forma impossibilita a contaminação de pragas de solo e raízes como o nematóide meloidogyne e o nematóide pratylenchus. O nematóide Meloidogyne exígua raça 3, é o que mais preocupa os produtores de seringueira, deixando a planta suscetível a fungos e reduzindo a produção de látex porque a planta fica debilitada. Uma alta incidência de nematóide causa morte de plantas em reboleiras.

Possibilita ainda uma melhor qualidade do sistema radicular da muda, deixando-a mais vigorosa, crescendo de forma mais ordenada e uniforme. Elas são plantadas em substrato de origem vegetal, principalmente casca de pinos, e ficam dentro de sacolas plásticas em cima da bancada. Outra grande vantagem é a praticidade na hora do plantio, proporcionada pelo peso das mudas. Uma muda convencional chega a pesar 4,5 quilos, enquanto que uma muda no substrato pesa apenas 1,5 quilo.

No estado de São Paulo, desde janeiro de 2016 não se pode produzir mudas de seringueiras no chão. O prazo para comercialização destas mudas terminou no dia 30 de abril. A legislação em vigor (Resolução SAA 23, de 26/06/2015) estabelece que toda muda produzida no Estado deve utilizar a nova tecnologia para que seja totalmente livre de praga.

O estado de São Paulo é o maior produtor de borracha natural e responde por 54 por cento da produção nacional.

Por Teresa Paranhos

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