Técnicas de Abate Humanitário foi tema de Encontro Regional Sisp, em Fernandópolis-SP
Técnicas de Abate Humanitário foi tema de Encontro Regional Sisp, em Fernandópolis-SP
O 1º Encontro Regional Sisp sobre Técnicas de Abate Humanitário reuniu na manhã de quinta-feira 26, na universidade Brasil, em Fernandópolis, 56 médicos veterinários responsáveis técnicos de estabelecimentos com inspeção estadual, do serviço veterinário oficial, estudantes de medicina veterinária e demais interessados.
César Daniel Küguer, diretor do Centro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Cipoa), apresentou o universo da inspeção realizada pela equipe da Coordenadoria de Defesa Agropecuária frisando que “o principal objetivo da fiscalização realizada pelo serviço oficial, além de atender as exigências impostas pelas legislações é a preocupação de que os produtos de origem animal produzidos com inspeção estadual sejam manipulados com responsabilidade e higiene, com respeito e proteção à saúde do consumidor”.
Sob a responsabilidade da Defesa Agropecuária estão registrados 572 estabelecimentos, que produzem mais de sete mil produtos de origem animal (carne, leite, ovos e mel) registrados com inspeção estadual que chegam à mesa do consumidor do estado de São Paulo.
O médico veterinário João Gustavo Pereira Loureiro, também da Defesa Agropecuária destacou a ação do serviço oficial no combate ao abate clandestino e a produção irregular. “A implicação do abate, produção e comércio de produtos de origem animal sem registro e fiscalização é a falta de higiene encontradas nos locais de abate ou produção irregular, podendo gerar agravos à saúde do consumidor, com consequências graves”, disse Loureiro.
Falando sobre abate humanitário de suínos, aves e bovinos, Paola Ruedas, da World Animal Protection (Proteção Animal Mundial), destacou que “que muitas vezes falta conhecimento e técnicas apropriadas para os profissionais que trabalham com animais para assegurar um manejo humanitário”. E citou algumas soluções simples e prática como “a utilização de técnicas humanitárias de manejo dos animais; a insensibilização dos animais antes do abate; a utilização correta dos equipamentos de insensibilização e de imobilização dos animais; o manejo dos suínos em grupo para reduzir o estresse de cada animal; a instalação de lâmpadas azuis para acalmar as aves; o uso de pisos antiderrapantes e de rampas pouco inclinadas para evitar quedas e lesões em suínos e bovinos”.
Paola também destacou que é muito importante compreender a natureza dos animais, como eles agem e principalmente como é o sistema de visão de cada espécie animal, pois um simples detalhe, como a iluminação inadequada ou uma abertura no chão exige dos animais a análise detalhada para a movimentação. E destacou “é preciso prestar atenção no processo todo para evitar sofrimentos desnecessários”.
O abate humanitário não aumenta os custos dos produtores, mas trás benefícios como a redução de perdas, o aumento da produtividade, além de agregar valor aos produtos no mercado, com consumidores cada vez mais exigentes.
Por Teresa Paranhos