São Paulo participa de operação simulada de febre aftosa no Paraná
São Paulo participa de operação simulada de febre aftosa no Paraná
O evento foi idealizado para capacitar profissionais para o atendimento em casos de foco de febre aftosa
Para participar do simulado em emergência sanitária para atendimento de foco de febre aftosa que teve início na segunda-feira, 12 em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no estado do Paraná, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo enviou o médico veterinário Adriano Macedo Debiazzi, que junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária responde pelo Programa Estadual de Controle e Erradicação da Febre Aftosa.
O evento segue até 17 de agosto com o objetivo de preparar os profissionais para atendimento em uma eventual situação de foco da doença, praticar a capacidade técnica no controle e saneamento de um foco de febre aftosa, abordando procedimentos de diagnóstico, colheita de amostras, investigação epidemiológica, rastreabilidade, sistema de informação e registro de investigações, medidas de biossegurança, procedimentos de contenção e erradicação.
As atividades fazem parte do Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa), com a Coordenação Técnica do Comitê Veterinário Permanente do Mercosul (CVP/Mercosul) e Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa).
Participam 160 profissionais do serviço oficial de defesa agropecuária estaduais, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Defesa Civil, da Prefeitura local, além de profissionais da Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile e Paraguai.
São Paulo livre da febre aftosa
O combate à febre aftosa no Estado de São Paulo teve início na década de 70. A partir de 1992, a Secretaria passou a adotar medidas para a erradicação da doença. O último foco registrado no Estado foi em março de 1996 no município de São Carlos.
Em 24 de maio de 2000, São Paulo obteve o reconhecimento internacional de “livre da febre aftosa com vacinação” pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Busca-se agora o reconhecimento do status de “livre da febre aftosa sem vacinação”, junto ao Ministério e à OIE.
A retirada da vacinação contra a febre aftosa está prevista no Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, do Mapa. No plano, o País foi dividido em cinco blocos, para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. Integram o Bloco I: Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Distrito Federal e o Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O rebanho paulista é estimado em 11 milhões de bovídeos.
Por Teresa Paranhos