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20/08/2021

Laudo confirma a presença de cama de aviário na alimentação de bovinos no município de Álvares Florence

Atualizado em 20/08/2021 às 00h00

Laudo confirma a presença de cama de aviário na alimentação de bovinos no município de Álvares Florence

O uso na alimentação de ruminantes é proibido por causar risco de transmissão de Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como “doença da vaca louca”

Laudo emitido no dia 12 de agosto pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) confirmou a presença de proteína animal, em amostra de alimento que estava sendo fornecida aos bovinos de uma propriedade rural no município de Álvares Florence. A fiscalização da Coordenadoria Defesa Agropecuária do estado de São Paulo ocorreu no dia 29 de julho, em atendimento a uma denúncia recebida pelo Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Votuporanga.

“No local foram identificados indícios da presença de cama de aviário sendo utilizada como alimentação do gado. O uso de proteína animal na alimentação de ruminantes é proibido, por causar risco de transmissão de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como doença da vaca louca”, disse o médico veterinário Gustavo Scursoni Campion, diretor do EDA que coordenou a ação, juntamente com os médicos veterinários Luiz Henrique Barrochelo, Breno Moscheta Welter, Melissa Lopes e do técnico de apoio agropecuário Marcelo Falaci Prudencio. A equipe contou com o apoio da Polícia Estadual Militar Ambiental.

A propriedade possuía 24 bovinos e não estava cadastrada junto ao serviço veterinário oficial. Foi colhida amostra da alimentação disponível e encaminhada para o LFDA, para identificar a presença de proteína animal. Os animais foram identificados individualmente e a movimentação dos bovinos foi interditada até o recebimento do resultado da análise.

“Confirmada presença de proteína animal, os animais que tiveram contato com o alimento deverão ser encaminhados para o abate em até 30 dias, em estabelecimento que faça a retirada de material de risco especificado e o resultado será encaminhado para o Ministério Público Estadual para as devidas providências, já que se trata de crime contra a saúde pública”, disse o médico veterinário Luiz Henrique Barrochelo, diretor do EDA de Araçatuba.

A ração dos frangos é composta por proteína animal. Já a cama de aviário é composta pelos restos da ração que é fornecida aos frangos, junto com partículas não digeridas que saem nas fezes das aves e que pode veicular o agente da EEB.

Na propriedade também foi observada a presença de várias carcaças de animais, descartadas a céu aberto, apresentando indícios de abate clandestino.

Por Teresa Paranhos

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