Defesa Agropecuária atua em foco de Anemia Infecciosa Equina na região sudeste do Estado
Chipagem dos animais foi conferida
Servidores da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) participaram de ação para controle de foco de Anemia Infecciosa Equina (AIE) na região do município de Sorocaba. Os médicos-veterinários Felipe Guerra Gobbi, Elcio Crepaldi, Anderson Amaro Melo e o técnico de apoio agropecuário Helio Soares estiveram no último dia 7 de dezembro, em um haras na região para a colheita de material em mais de 400 animais.
Após a análise do material coletado, uma nova colheita será feira após 45 dias para comprovar a ausência do vírus nos animais.
A AIE é uma doença infecciosa (produzida por um vírus), contagiosa (transmissível de um equídeo para outros), contra a qual não existe tratamento ou cura. O vírus causador muda a cada nova geração, o que impede a produção de uma vacina eficiente. Acomete os equinos, os asininos (asnos ou jegues), os muares (burros, mulas, bardotos) e as zebras. Geralmente não manifesta sintomas, sendo descoberta através dos exames de sangue realizados em laboratório.
Nova colheita será feita após 45 dias
Daí a importância da realização desses exames, e da exigência do exame negativo para a liberação do trânsito desses animais e para sua participação em eventos de concentração de animais, visando à descoberta dos positivos e impedindo a disseminação da doença.
De modo geral é transmitida pela picada de insetos hematófagos, tais como as mutucas e as moscas de estábulo, mas também pode ser transmitida por agulhas de injeção não esterilizadas usadas em vários animais, utensílios como arreios e sela usados em animais machucados ou com feridos. O único meio de combater e controlar a transmissão da AIE de modo eficiente consiste principalmente no sacrifício dos animais reagentes positivos ao exame laboratorial.
Graças à atuação do serviço de defesa sanitária animal e da consciência sanitária dos produtores, a porcentagem de animais positivos encontrada no Estado no momento atual é inferior a 0,1%. A cada ano são sacrificados cerca de 100 equídeos positivos, em aproximadamente 50 propriedades.
Compete à CDA o controle dessa enfermidade no Estado de São Paulo. Todo laboratório que realiza o exame de AIE deve ser autorizado (credenciado) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e deve comunicar a CDA os resultados positivos que encontrar. De posse do resultado do exame, a Regional da Defesa Agropecuária interdita a propriedade ou local onde se encontra o animal positivo, colhe sangue de todos os equídeos lá existentes e sacrifica os positivos encontrados. Também colhe sangue das propriedades vizinhas ou que tenham alguma ligação.
Por Felipe Nunes