Defesa Agropecuária participa de mesa redonda sobre febre aftosa durante 59º Expo Rio Preto
A fim de esclarecer dúvidas e prestar orientações a produtores e pecuaristas, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) participou, no dia 21, no município de São José do Rio Preto, de mesa redonda que discutiu a questão da febre aftosa no Estado de São Paulo durante a 59º Expo Rio Preto. Participaram da atividade, Andrea Moura, superintendente federal em São Paulo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o secretario de agricultura e abastecimento, Francisco Matturro, Rivaldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Edinho Araújo, prefeito de São José do Rio Preto e Luís Fernando Bianco, coordenador da Defesa Agropecuária.
Além destes, a discussão abriu espaço para que produtores e pecuaristas se pronunciassem após a explanação das autoridades.
Responsável por abrir as apresentações, Andrea Moura apresentou um panorama da doença no país, que teve seu último caso registrado em 2006. Em São Paulo, o último foco de aftosa foi em 1996. “O momento agora é de vigilância da doença, pois ela já está erradicada do país”, ressaltou a representante do MAPA.
Na ocasião, Andrea também pontuou questões acerca da suspensão da vacinação e apresentou alguns pontos que motivam a decisão. “Não é uma decisão aleatória tomada pelo ministério, são tomadas de decisão baseada em estudos feitos no mundo inteiro”, disse.
“Alguns dos pontos que motivam a retirada são a busca por novos mercados, mercados mais exigentes. Evolução da questão sanitária, credibilidade internacional e outros”, acrescentou.
Responsável por apresentar dados e números relacionados à Defesa Agropecuária, órgão responsável pela manutenção do status sanitário do setor produtivo, Luís Fernando Bianco iniciou sua apresentação fazendo uma analogia que representa bem a importância das ações de defesa agropecuária. “Somos como um corpo de bombeiros, sempre a postos para apagar qualquer incêndio, que nesse caso, pode vir a ser um possível surto de febre aftosa no Estado ou de qualquer outra enfermidade seja na área animal, seja na área vegetal”, falou.
Bianco também explanou sobre os investimentos feitos durante a última gestão, que possibilitaram um avanço significativo para as ações de inspeção e fiscalização em campo. “Entendemos que era a hora de focarmos na preparação da Defesa e hoje podemos dizer que a Defesa Agropecuária está preparada seja para a retirada, seja para a manutenção da vacina”, enfatizou o coordenador.
“Enquanto Estado nosso compromisso era prover a Defesa para que ela pudesse desempenhar seu papel e foi o que fizemos. Foram mais de 100 milhões investidos”, complementou o secretário.
Outros pontos levantados durante a mesa redonda foram o trânsito de animais e de materiais genéticos entre Estados e as movimentações do Fundo Indenizatório, que funcionará como um seguro para restituir o setor produtivo em um eventual surto da doença.
Por Felipe Nunes