Palestra sobre GEDAVE e Cancro Cítrico é atração em Encontro dos Citrocultores
Acontece na próxima sexta-feira (20), o 1º Encontro de Citrocultores de Mogi Mirim. O encontro visa difundir conhecimento técnico a partir de palestras de pesquisadores e de empresas e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) marca presença com palestra ministrada pelo engenheiro agrônomo Carlos E. Canivezi Antunes que vai abordar a questão do Cancro Cítrico e o cadastro de citros em geral no sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE).
O foco da apresentação será a obrigatoriedade de cadastro no sistema tanto para fins de rastreabilidade de frutos certificados, quanto para a gestão das inspeções do cancro e do greening por parte da Defesa Agropecuária, via relatório semestral. “A palestra versará sobre o avanço da doença que se alastrou pelas propriedades da Regional de Mogi Mirim, principalmente no período da pandemia, somada à seca e geada, o produtor parou de investir no manejo dos pomares”, comenta o engenheiro.
Cancro Cítrico
O primeiro registro de cancro cítrico em São Paulo foi em 1957. A doença é causada pela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri e ataca todas as variedades e espécies de citros, provocando lesões em folhas, frutos e ramos, e quando em altas severidades pode provocar a queda de frutos e folhas com sintomas. As lesões podem ter variações nas suas características, podendo ser confundidas com outras doenças e pragas.
“Caso o produtor encontre planta com sintoma e não tenha aderido ao Sistema de Mitigação de Riscos (SMR), é necessário a pulverização com cobre metálico em um raio de 30 metros. Caso o produtor esteja no SMR Cancro Cítrico, deve-se adotar medidas como cerca viva, manejo integrado do inseto minador e aplicação preventiva periódica com cobre ou outro produto registrado, porém, é preciso que o produtor se conscientize e informe toda a cadeia em caso positivo para o cancro, o que não é proibido, desde que se respeite as legislações”, explica Carlos.
“Importante ressaltar que o cancro cítrico não causa danos à saúde humana, mas se uma casca ou outra parte contaminada parar em algum pomar, o estrago está feito, uma vez que o cancro restringe exportações e a comercialização para outros Estados do país”, finaliza.
Por Felipe Nunes