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25/11/2022

Seminário abordou Sistema Plantio Direto de Hortaliças como solução para a conservação de solo e da água

Atualizado em 25/11/2022 às 15h50

Aconteceu nos dias 22 e 23, no auditório da Ordem dos Advogados (OAB) Subseção de Ibiúna o “Seminário sobre Agricultura Regenerativa: Impactos Possíveis do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças para o Cinturão Verde de São Paulo”. A atividade, realizada pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), contou com o apoio da Fundação Agrisus, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita (UNESP) Campus Sorocaba, da Secretaria de Agricultura e da Prefeitura de Ibiúna e da Regional de Sorocaba da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), contou com diversas palestras e um dia de campo, onde os participantes puderam visitar propriedades rurais e conversar com produtores que pretendem praticar o Sistema Plantio Direto de Hortaliças (SPDH).

Compuseram a mesa de autoridades durante o Seminário, Paulo Kenji Sasaki, prefeito de Ibiúna, Benedito Vieira de Camargo, secretário municipal de agricultura, Valdomiro Guidolin, Alexandre Paloschi, diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV) e Luís Fernando Bianco, coordenador da Defesa Agropecuária.

 “Esse seminário é uma oportunidade para abordarmos também, um assunto que está em alta que é o Sistema Integração Lavoura, Pecuária Floresta - ILPF, que pode trazer grande impacto no que diz respeito à conservação do solo”, disse Bianco.

Oswaldo Julio Vischi Filho, engenheiro agrônomo Dr. e gerente do Programa Estadual de Uso e Conservação e Preservação do Solo Agrícola (PEUCPSA) foi o responsável por abrir o ciclo de palestras. “O seminário é uma tentativa de nos aproximarmos do produtor, pois sem a participação dele, a conservação do solo não tem resultados positivos. Contamos com a disseminação da informação a partir daqueles que estão aqui”, disse o agrônomo.

Oswaldo Vischi deu início às palestras no primeiro dia de seminário

Em sua explanação, Oswaldo abordou os tipos de erosão e as penalidades que podem ser destinadas aos responsáveis que segundo o agrônomo podem ser os agropecuaristas, concessionárias de rodovias e prefeituras municipais.

“Diante desse cenário podemos observar que os problemas podem ser decorrentes do uso inadequado da irrigação e no excessivo preparo do solo a partir da confecção de canteiros e que há uma necessidade de praticar uma irrigação racional nessa áreas e também o mínimo revolvimento do solo”, comentou.

Dentre as conclusões dos mais de 22 anos de trabalho para o cumprimento da lei conservacionista, Oswaldo destacou que 94% dos agricultores autuados fizeram opção por reparar os danos, sem multa; que os projetos técnicos conservacionistas vêm evoluindo consideravelmente e que as práticas conservacionistas vêm proporcionando ganhos em produtividade e lucro aos agricultores.

Professor Admilson falou sobre Agricultura Regenerativa Digital

Na sequência, o Professor Dr. Admilson Ribeiro, representando a UNESP de Sorocaba, falou sobre o tema Agricultura Regenerativa Digital informando que o tema para além de curioso, é necessário. “A ideia é utilizar as práticas da agricultura regenerativa e buscar tarefas passíveis de automação para promover a troca de informações por meio de tecnologias de informação e comunicação”, explicou o professor.

De acordo com Admilson, a agricultura regenerativa digital se dá por meio de alguns tópicos que passam por computação em nuvem, ciência de dados, realidade artificial, aprendizado de máquinas, entre outros. “Através disso conseguimos alcançar objetivos para um desenvolvimento sustentável”, afirmou o professor.

Na sequência, o engenheiro agrônomo Marcelo Zanella, representante da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) foi o responsável pela palestra que abordou o SPDH como estratégia de transição para produção de alimentos com bases sustentáveis.

Zanella trouxe exemplos de Santa Catarina a respeito do SPDH

Zanella apresentou aos presentes, cases de sucesso de produtores em Santa Catarina que dedicaram-se ao Sistema de Plantio Direto de Hortaliças e conseguiram melhorar a produtividade de suas lavouras, além de terem maiores ganhos financeiros. “Nossa relação com as plantas precisa mudar. Queremos que todos tenham direito à alimentação saudável”, alertou.

“A importância desse evento é justamente trazer a integração entre profissionais e principalmente conhecer o que cada Estado vem fazendo na linha de produção de alimentos de qualidade respeitando o meio ambiente e trazendo uma condição para que o agricultor tenha uma vida melhor e menos problemas nas propriedades”, disse o convidado.

Participantes em dia de campo

No dia seguinte, os participantes estiveram em campo visitando propriedades rurais da região de Ibiúna e orientando produtores acerca das técnicas de conservação e plantio de hortaliças.

Por Felipe Nunes

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