Sanidade Animal - Defesa Agropecuária libera retirada de mexilhões de cultivos no litoral norte
Resultado obtido nesta quinta-feira libera produções de mexilhões no Litoral Norte
Após receber, nesta quinta-feira (21) os resultados das análises de material coletado em caráter de urgência nos dias 18 e 19 de dezembro, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), liberou a retirada de mexilhões do cultivo da Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, onde a suspensão havia sido determinada em função dos resultados obtidos na primeira semana de dezembro, que indicaram uma contagem alta da alga Pseudo-nitzschia, que, associado aos números elevados de casos de doenças diarreicas agudas na região, conforme dados da Secretaria de Saúde Municipal, determinou a entrada em fase de Alerta 3 e o impedimento ao comércio de mexilhões no município.
O monitoramento higiênico sanitário das áreas de cultivo do litoral paulista é realizado periodicamente pela CDA, que implementou o Plano de Monitoramento de Moluscos Bivalves (PEMMOBI) em atendimento à Legislação Federal e ao Plano Estadual de Contingência para gestão integrada de riscos associados a florações de microalgas tóxicas em águas do litoral paulista, o qual estabelece fases de alerta para a floração de microalgas tóxicas e atribui responsabilidades às Secretarias de Agricultura e Abastecimento, Secretaria de Saúde e Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
As análises laboratoriais periódicas do PEMMOBI são fundamentais para a garantia da inocuidade de ostras, vieiras e mexilhões destinados ao consumo humano. Sempre que são detectadas biotoxinas, bactérias ou riscos de contaminações pela presença de microalgas tóxicas nas áreas monitoradas, são tomadas medidas para impedir o consumo e evitar as consequências da ingestão de moluscos contaminados, que vão desde gastroenterites leves até amnésia, parada respiratória e óbito, dependendo do caso.
“Embora não tenha sido constatado aumento de biotoxinas na carne na primeira de coleta de dezembro, houve a suspensão da retirada e comercialização, em ação conjunta com a Secretaria de Saúde, pela combinação da presença de microalgas em excesso e aumento das notificações de casos de agravos à saúde no litoral, conforme determinado pelo Plano Intersecretarial”, comenta a Médica Veterinária Ieda Blanco, coordenadora do PEMMOBI, que acrescenta: “A CDA prontamente coletou amostras para novas análises, e com base nos resultados das coletas dos dias 18 e 19, recebidos nesta quinta-feira, garantimos que a alta concentração de algas da coleta anterior não se refletiu em presença de biotoxinas na carne, sendo novamente autorizada a retirada de mexilhões dos cultivos monitorados, até novas recomendações”, conclui.
Por Comunicação CDA