Sanidade Vegetal - Há poucos dias para o fim do Vazio Sanitário da Soja, Defesa Agropecuária realiza mais de 500 fiscalizações em propriedades rurais
Em todo o Estado, mais de 500 propriedades já foram inspecionadas durante o vazio sanitário
Com prazo de 90 dias de vigência, encerra-se na próxima sexta-feira (15), no Estado de São Paulo, o Vazio Sanitário da Soja, medida que proíbe o plantio da soja e que determina a eliminação de tigueiras, mantendo os campos livres de plantas em qualquer fase de desenvolvimento. O objetivo da medida é reduzir ao máximo a incidência da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e para isso, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) realizou, até o último dia 5, mais de 500 fiscalizações para coibir a presença de plantas de soja nas áreas.
“A meta de fiscalizações chega na casa de 1038, porém, elas dividem-se entre ações voltadas ao vazio sanitário e ações para atualização de cadastro. Até o dia 15, o produtor deve ficar atendo às plantas de soja remanescentes da safra anterior e as possíveis plantas que podem emergir posteriormente”, comenta a engenheira agrônoma Jucileia Irian dos Santos Wagatsuma, gerente do Programa Estadual de Vigilância Fitossanitária.
Para poder cumprir a meta de propriedades durante o período de vazio sanitário, foram montadas forças-tarefas em algumas regionais que têm a soja como principal cultura cultivada. “Convocamos colegas de diversas regionais para nos auxiliar e entre os dias 29 e 31 de agosto e pudemos inspecionar mais de 60 propriedades da região de Itapeva, grande produtora de soja do Estado”, acrescenta a gerente.
Agrônomos e técnicos realizaram força-tarefa na região de Itapeva
De acordo com o engenheiro agrônomo Marlon Peres da Silva, diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), é importante que os produtores cumpram o vazio sanitário e, caso detectem áreas com presença de plantas de soja neste período, informem a unidade regional de Defesa Agropecuária que atende o município. “A colaboração de todos é de fundamental importância, pois o vazio é uma das principais medidas de controle da ferrugem asiática da soja, e tem como objetivo minimizar os impactos negativos da doença na safra seguinte”, complementa.
Cadastro obrigatório de unidades produtoras de soja
Outra medida instituída pela Portaria MAPA nº 306, de 13 de maio de 2021 é o cadastro das propriedades produtoras de soja em todo o território nacional. Desta forma, os produtores devem cadastrar as informações sobre a semeadura no GEDAVE – o sistema informatizado da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, no prazo de até 15 dias após o término da semeadura. No Estado de São Paulo, o período de semeadura ocorre entre 16 de setembro e 24 de dezembro. Para mais informações a respeito do cadastrado destas unidades, além de procurar uma unidade da Defesa Agropecuária presente no município, o produtor poderá acompanhar uma série de atividades previstas para as principais regiões produtoras com parceria com instituições como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) e a Organização das Cooperativas (OCESP).
Por Felipe Nunes













