São Paulo vai intensificar monitoramento da praga Amaranthus palmeri na divisa com Mato Grosso do Sul
Praga foi detectada em Mato Grosso do Sul (Crédito: Seab/Adapar)
Após a publicação de nota técnica do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) que informa a detecção da praga quarentenária presente (PQP), Amaranthus palmeri (caruru palmeri ou caruru gigante) no Estado do Mato Grosso do Sul (MS), a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) vai, em 2023, intensificar suas ações de monitoramento na divisa com o Estado vizinho para impedir a entrada da praga em território paulista.
De acordo com a nota, a amostra da planta invasora foi coletada em propriedade rural com cultivo de soja no distrito de Porto Caiuá, no município de Naviraí. Sua identificação ocorreu por meio de técnica molecular realizado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do MAPA em Goiânia (FFDA-GO).
As ações para a prevenção da praga no Estado de São Paulo competem ao Programa Estadual de Contigência Fitossanitária (PECONF) que tem como objetivo, estabelecer as medidas de prevenção e vigilância para rápida detecção da presença de pragas que acometem as plantas.
“Estamos nos reunindo em grupos de trabalho para definirmos as ações no município de Presidente Epitácio, um dos municípios que fazem divisa com o Mato Grosso do Sul”, comenta Mariléia Ferreira, engenheira agrônoma e gerente do PECONF.
De acordo com Mariléia, as ações de monitoramento das demais pragas monitoradas pela CDA devem começar a partir do mês de maio, seguindo a Instrução Normativa SDA/MAPA Nº 38, de 1º de outubro de 2018 que estabelece a lista de PQP’s para o país. No entanto, o levantamento do Amaranthus palmeri deve iniciar já na primeira semana de março nas regiões de fronteira com o MS.
Grupo de Trabalho que atua dentro do PECONF definiu as ações em reunião que aconteceu ontem (31) em Campinas
Amaranthus palmeri
O Amaranthus palmeri é uma planta daninha exótica de caruru, de crescimento rápido e extremamente agressiva. Relatos indicam que uma planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes, além de apresentar resistência aos herbicidas.
Além disso, sua capacidade de dispersão é muito alta. As plantas fêmeas podem produzir de 200 mil a 1 milhão de sementes por planta, dependendo das condições do ambiente.
Um detalhe a ser observado é que as plantas fêmeas podem produzir sementes viáveis, mesmo não sendo polinizadas pelas plantas machos.
Por Felipe Nunes
