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05/03/2018

Alunos da Unesp de Botucatu visitam produção de seringueira na região de Barretos

Atualizado em 05/03/2018 às 00h00

Alunos da Unesp de Botucatu visitam produção de seringueira na região de Barretos

Conhecer a cultura da seringueira, com foco na produção de mudas em bancada e substrato, foi o objetivo da visita realizada na região de Barretos, no mês de fevereiro, por 113 estudantes de engenharia agronômica e engenharia florestal da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu que, acompanhados pelo professor Dr. Valdemir Antônio Rodrigues, tiveram a oportunidade de visitar o experimento no município de Bebedouro, um seringal em produção em Jaborandi e um viveiro comercial em Olímpia.

Os estudantes foram recebidos pelo engenheiro agrônomo Paulo Fernando de Brito, que responde pela diretoria técnica do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Barretos, acompanhado dos pesquisadores científicos Antônio Lúcio Mello Martins, do Polo Regional de Pindorama/APTA e Elaine Cristine Piffer Gonçalves, do Polo Regional de Colina/APTA e pelo engenheiro agrônomo Eduardo Toller Reiff, da Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro. São profissionais envolvidos no desenvolvimento do sistema, com profundo conhecimento de todo o processo.

A produção de mudas de seringueiras em bancada e substrato é uma das atividades incentivadas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento por oferecer mudas sadias e livres de nematoides, com alta qualidade genética, porque tem rastreabilidade de todo o material genético utilizado na sua produção. “No estado de São Paulo, desde janeiro de 2016 não se pode produzir mudas de seringueiras no chão. As mudas de chão produzidas antes de 2016 têm até o dia 30 de abril de 2018 para serem comercializadas. Conforme estabelecido pela Resolução SAA 23, de 26/06/2015, toda muda produzida no estado deve utilizar a nova tecnologia para que seja totalmente livre de praga”, explicou Brito.

Mudas sadias

A técnica de produção de mudas de seringueiras em substrato e suspensa foi desenvolvida pelo EDA de Barretos em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal e consiste na produção em que as plantas ficam suspensas em uma bancada de pelo menos 40 centímetros de altura em vez de cultivá-las diretamente no chão.

A adoção deste sistema impossibilita a contaminação de pragas de solo e raízes como o nematoide Meloidogyne spp e o nematoide Pratylenchus spp. O nematoide Meloidogyne exígua raça 3, é o que mais preocupa os produtores de seringueira, deixando a planta suscetível a fungos e reduzindo a produção de látex porque a planta fica debilitada. Uma alta incidência de nematoide causa morte de plantas em reboleiras. A principal orientação é fazer a aquisição de mudas sadias, livres dos nematoides.

Essa tecnologia possibilita ainda uma melhor qualidade do sistema radicular da muda, deixando-a vigorosa, crescendo de forma mais ordenada e uniforme. Elas são plantadas em substrato de origem vegetal, principalmente casca de pinos, e ficam dentro de sacolas plásticas em cima da bancada. Outra grande vantagem é a praticidade na hora do plantio proporcionada pelo peso das mudas. Uma muda convencional chega a pesar 4,5 quilos, enquanto que uma muda no substrato pesa apenas 1,5 quilo.

O estado de São Paulo é o maior produtor de borracha natural e responde por 54 por cento da produção nacional.

Por Teresa Paranhos

Secretaria de Agricultura e Abastecimento

Coordenadoria de Defesa Agropecuária

Telefone: (19) 3045.3447

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