Nota Técnica: Encefalopatia Espongiforme Bovina “Doença da Vaca Louca”
Nota Técnica: Encefalopatia Espongiforme Bovina “Doença da Vaca Louca”
Foi confirmado na data de 03 de setembro de 2021 pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) o diagnóstico de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), “Doença da Vaca Louca”, nos estado de Minas Gerais e Mato Grosso.
São dois casos isolados, detectados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) durante a inspeção ante-mortem e que somam cinco, todos atípicos, nos 23 anos de vigilância para a doença no Brasil, não sendo registrado nenhum destes no estado de São Paulo.
A EEB atípica, prevista na literatura científica, é de ocorrência espontânea e esporádica, afeta bovinos em idade avançada e não pela ingestão de alimento contaminado. Não possui poder de difusão e, conforme todas as investigações nos casos mais recentes, não oferece risco à saúde animal ou à saúde humana.
Apesar da EEB atípica não trazer para o país restrições de ordem sanitária pela Organização de Saúde Animal (OIE), a suspensão temporária das exportações de carne bovina para a China, o maior importador do Brasil, ocorreu devido a um protocolo sanitário firmado entre os dois Países, que deve perdurar até que as autoridades chinesas avaliem as informações repassadas pelas autoridades brasileiras.
No estado de São Paulo, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, faz a prevenção das EEBs através do Programa Estadual de Prevenção às Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis, atuando no controle de animais importados de zonas de risco, na fiscalização do uso de subprodutos de origem animal proibidos à alimentação de ruminantes e nos diagnósticos diferencias em casos de doenças neurológicas.
Campinas, 04 de setembro de 2021.
Med. Vet. Guilherme Shin Iwamoto Haga
Diretor do Centro de Defesa Sanitária Animal – CEDESA
Med. Vet. Affonso dos Santos Marcos
Diretor do Grupo de Defesa Sanitária Animal - GDSA
