Cancro Cítrico - Workshop treina embaladores e oferece palestra para citricultores simultaneamente nas três principais regiões produtoras de Lima Ácida do Estado
Embaladores de Packing Houses participaram da capacitação
Na terça-feira (16), a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) esteve, junto com demais instituições, de forma simultânea nas regiões de Mogi Mirim, Catanduva e Jales, durante atividade que capacitou elos envolvidos no setor da citricultura. Embaladores de Unidades de Consolidação (UC’s) e citricultores participaram durante todo o dia de capacitações promovidas por engenheiros agrônomos da Defesa Agropecuária, do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM) e da Coordenadoria de Assistência Integral Técnica (CATI).
Na programação da atividade, diversas palestras que abordaram junto ao setor produtivo, as legislações que dispõem sobre as medidas fitossanitárias para o controle de doenças como o Cancro Cítrico e o HLB Greening.
“É uma atividade que foi proposta junto à Câmara Setorial da Citricultura em reunião realizada há meses atrás e que vem de encontro com as necessidades de reforçar as medidas fitossanitárias que devem ser adotadas na produção e comercialização da Lima Ácida, especialmente aquelas relacionadas à exportação para a União Europeia”, comenta Alexandre Paloschi, engenheiro agrônomo e diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV).
Palestra na Regional de Mogi Mirim
Palestra na Regional de Catanduva
Palestra na Regional de Jales
A atividade também é parte do cronograma de ações que antecedem a auditoria que será realizada pela União Europeia entre os meses de junho e julho. Posteriormente, uma missão do Chile também visitará o Brasil para avaliar as medidas fitossanitárias adotadas pelos produtores e beneficiadores para atendimento dos requisitos para exportação de frutos in natura.
“Quem determina a regra é o comprador e a regra da União Europeia é que não sejam enviados frutos com cancro cítrico”, disparou Camila Amaral, engenheira agrônoma e gerente do Programa Estadual de Sanidade dos Citros durante sua palestra que abordou, entre outras, a Portaria CDA nº 05 de 2019, que estabelece normas complementares para o combate à doença.
Além disso, a engenheira também mostrou aos presentes, exemplos reais de situações encontradas durante fiscalizações que estavam fora das determinações legais e que podem influenciar diretamente a avaliação feita pelo parceiro comercial durante auditoria. “O fechamento do mercado para a União Europeia vai gerar um efeito em cadeia, pois vai afetar diretamente todo o setor e o Estado de São Paulo, que é o maior produtor e que possui regiões cuja economia depende da exportação da Lima Ácida”, disse.
Parte prática do Workshop apresentou frutos doentes aos embaladores
“O combate ao cancro é um dever de todos, mas especialmente de quem produz e de quem beneficia o fruto antes dele partir para a União Europeia, então é por isso que estamos aqui, para juntos, tentarmos diminuir a incidência dessa doença e garantir que as movimentações comerciais não sofram prejuízos”, acrescentou.
Por Felipe Nunes