Sanidade Vegetal - Defesa Agropecuária celebra o Dia Nacional do Plantio Direto
Sistema visa a conservação do solo e da água
Instituído pelo Projeto de Lei 3908/2015, comemora-se hoje (23), o Dia Nacional do Plantio Direto. A data celebra o dia em que foi realizado o primeiro plantio em escala comercial, da lavoura de soja sob plantio direto, em 1972 por Herbert Bartz, em Rolândia no Paraná, que segundo ele, protegeria seu solo da erosão. “A partir das ações do Programa Estadual de Proteção ao Uso, Conservação e Preservação do Solo Agrícola, estamos comemorando esta importante data que é o Dia Nacional do Plantio Direto, trabalhando como guardiões do solo e cuidadores do bem estar da sociedade”, celebra Oswaldo Julio Vischi Filho, engenheiro agrônomo e gerente do Programa Estadual da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).
Por meio da aplicação da Lei de uso, conservação e preservação do solo agrícola, conhecida como legislação conservacionista, a Defesa Agropecuária contribui com essa importante técnica, que é o plantio direto.
O Sistema de Plantio Direto é fomentado pelos engenheiros agrônomos da Defesa Agropecuária e constitui uma forma de reabilitar áreas de cultivos de plantas de ciclo anual, com algum grau de degradação do solo. Entre outras técnicas conservacionistas, em áreas de pastagens degradadas, estão os sistemas integrados de produção, tais como: Integração Lavoura Pecuária (ILP) e Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), os quais também são fomentados para a recuperação dessas áreas com o seu custo minimizado pelo plantio de algum tipo de cultura anual na reforma dessas pastagens.
Além de evitar erosões e reformar pastagens degradadas
“No caso da ILPF, há a possibilidade de se produzir três produtos na mesma área no mesmo ano (carne/leite, grãos e madeira), isso é fabuloso, pois, trata-se do ganha/ganha, pois ganha o produtor, ganha o meio ambiente e ganha a sociedade com produtos sustentáveis”, comemora Oswaldo.
Já na horticultura, que é largamente produzida no cinturão verde de São Paulo (Região de Mogi das Cruzes e Sorocaba – Piedade, Ibiúna), a CDA fomenta o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) que trata do cultivo levando-se em consideração os microrganismos benéficos do solo que fazem interação com as plantas por meio das raízes e condicionam a saúde do solo e dos cultivos propriamente dito.
Para seguir aprimorando as ações que vão de encontro à data, A Defesa Agropecuária realizou, em maio de 2022, o Curso regional para capacitação de técnicos em Fiscalização do Uso e Conservação do Solo – Sistemas Integrados de Produção para a Agricultura Conservacionista – Tecnologia ILPF. O evento ocorreu em Presidente Prudente e Presidente Venceslau e contou com o apoio de instituições como UNOESTE, COCAMAR e Sementes SOESP.
Outra atividade que abordou o tema da data comemorada nesta segunda, foi o Seminário sobre Conservação do Solo na Bacia Hidrográfica Rio do Peixe: plantio direto de amendoim em áreas de pastagens. O evento ocorreu na UNIMAR, em Marília em agosto de 2022 e contou com o apoio do Núcleo Estadual de São Paulo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Casul e da Câmara Setorial do Amendoim.
Já em Novembro do ano passado, ocorreu o Seminário sobre Agricultura Regenerativa: Impactos Possíveis do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças para o Cinturão Verde de São Paulo. A atividade aconteceu em Ibiúna e teve como objetivo, apresentar e divulgar a técnica do sistema de plantio direto de hortaliças aos agricultores e técnicos visando o controle de erosão, uso racional da água e a sustentabilidade nas propriedades produtoras de hortaliças do cinturão verde de São Paulo, atendendo a Legislação Conservacionista Paulista. Foram apoiadores: Fundação Agrisus, Prefeitura Municipal de Ibiúna, Sindicato Rural de Ibiúna, Associação Kaikan, UNESP Sorocaba e Núcleo Estadual e São Paulo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.
Em 2023 a CDA promoveu, em agosto, o Seminário Itinerante Recuperação de Pastagens Degradadas, remotamente identificadas, por meio do Sistema Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) no Estado de São Paulo. A atividade contou com o apoio da Fundação Agrisus e da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e aconteceu nas regionais de Marília e Presidente Venceslau.
Além disso, a CDA está apoiando iniciativas de cafeicultura regenerativa onde o solo é coberto por um “mix” de plantas de cobertura, ou plantas de serviço, que fazem interações com microrganismos benéficos e disponibilizam nutrientes do solo às plantas de café e com isso, diminui-se a exigência de fertilizantes químicos e a utilização do herbicida glifosato, bem como, diminui a utilização de agrotóxicos que só são utilizados se a operação de manejo integrado de pragas assim definir.
Fotos de Associação dos Cafeicultores de Montanha de Divinolândia
Denizart Bolonhezi
Marina Lima
Por Felipe Nunes
