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16/06/2023

Saúde Única - Ação educacional visa orientar população após casos positivos de raiva na região de Registro

Atualizado em 16/06/2023 às 15h27

Guilherme Shin, veterinário da CDA, foi um dos palestrantes

Com a finalidade de esclarecer os canais de notificação, os procedimentos adequados com relação à transmissão para humanos e as ações que devem ser desencadeadas após a confirmação de um caso positivo de raiva, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, realizou, na última terça-feira (13), ação educacional no município de Registro. A ação acontece após a identificação de sete casos da doença em herbívoros na região nos municípios de Juquiá, Juquitiba e Miracatu.

A atividade, que aconteceu na sede do SP+Perto, contou com a participação de cerca de 60 profissionais das áreas da saúde e da agricultura da região do Vale do Ribeira e representantes de diversos municípios, além de medicos-veterinários autonômos e também do Instituto Florestal da região.

Foram responsáveis por proferirem as palestras, o Dr. Wagner Augusto da Costa, médico do Instituto Pasteur; Guilherme Shin Iwamoto Haga, medico-veterinário da CDA e gerente do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH) e do enfermeiro Renan Augusto de Ramos, diretor substituto do Grupo de Vigilância Epidemiológica XXX III de Registro.

Na ocasião, Shin falou sobre a importância da notificação de suspeitas da doença em herbívoros e da realização da vacinação para animais de companhia e animais de produção pelo proprietário. “Para controlarmos a ocorrência da doença, além da vacina, a comunicação da ocorrência de mordedura de morcegos nos animais e a identificação de abrigos são de grande importância”, disse.

Os demais palestrantes abordaram questões como a transmissão da doença, sinais clínicos, além de números de acidentes com animais domésticos e de pessoas que receberam tratamento com soro antirrábico e vacinação pós exposição.

Cerca de 60 pessoas acompanharam a atividade

“A ação realizada de Prevenção da Raiva é um exemplo de ação de Saúde Única, conceito cada vez mais presente, reafirmando que o controle de doenças passa pela integração da preservação da saúde humana, saúde animal e do meio ambiente”, comenta Maria Carolina Guido, diretora do Departamento de Capacitação e Educação em Saúde Única (DECESUN).

Raiva

Doença que afeta o sistema neurológico causando encefalite, em humanos provoca sintomas como dor de cabeça, febre, náusea, alterações de sensibilidade no local da ferida, evoluindo para paralisia da musculatura respiratória e da deglutição.

A transmissão ocorre pelo contato com a saliva do animal infectado, através de uma lesão de pele, olhos, arranhadura ou mordedura.

Importante ressaltar que profissionais expostos ao risco da doença como médicos-veterinários, biólogos, técnicos agropecuários, entre outros, tomem vacina para prevenção da doença.

Em animais os sinais clínicos podem variar podendo incluir alterações de comportamento, como depressão (comum), dilatação da pupila, fotofobia (medo do claro), mordidas no ar, salivação excessiva (fonte de vírus), falta de coordenação com dificuldade de permanecer em pé, andar cambaleante, quedas, dificuldade para levantar, movimentos de pedalagem e progredindo para paralisia, animal deitado e finalmente opistótono.

Recomendações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento para o procedimento de vacina

− A vacinação é de forma voluntária, sendo recomendada em áreas onde há casos confirmados da ocorrência da doença e também para áreas de ocorrência do morcego transmissor da raiva, o Desmodus rotundus.

− A vacina é a mesma para bovinos, equinos, ovinos e caprinos, a qual deve ser mantida sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). Antes de aplicar, o frasco deve ser agitado.
A aplicação se dá por via subcutânea, na dose de 2mL por animal.

− A vacina deverá ser aplicada em animais a partir que nunca receberam a vacina, em duas etapas, com intervalos de 30 dias, e depois deverá ser repetida a cada 12 meses, sendo que em animais jovens deverá ser aplicada a partir de três meses.

− O critério de vacinações poderá ser alterado segundo recomendação do médico veterinário ou programa oficial da autoridade sanitária.

− Não vacinar animais doentes, debilitados ou sob estresse extremo.

Para mais informações sobre o PECRH e sobre sua atuação no controle populacional do Desmodus rotundus, acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/programas/?/sanidade-animal/programa-estadual-de-controle-da-raiva-dos-herbivoros-pecrh/&cod=39.

Por Comunicação CDA

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