Sanidade Animal - Plano de Contingência para Emergências Zoossanitárias é Destaque em Reunião do GTT da CDA
Reunião foi o primeiro passo para a formalização do Plano de Contingência para Emergências Zoossanitárias
Na última terça-feira (26), a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) realizou a primeira reunião do Grupo de Trabalho Técnico (GTT) que vai elaborar o Plano de Contingência para Emergências Zoossanitárias. “O encontro marcou o início de um trabalho integrado e colaborativo que será essencial para proteger a saúde pública, animal e ambiental no Estado de São Paulo”, comenta Luciano Lagatta, médico-veterinário e Diretor Técnico do Programa Estadual de Emergências Zoossanitárias (PEEZ).
Durante a reunião, realizada em formato online, Lagatta destacou a importância do Plano de Contingência como ferramenta para estruturar ações coordenadas e eficazes diante de possíveis emergências zoossanitárias. O veterinário ressaltou que o plano busca não apenas atender às diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), mas também se adaptar às especificidades do Estado de São Paulo, promovendo respostas rápidas, integradas e que considerem os impactos sobre saúde pública, meio ambiente e economia.
"A elaboração de um plano robusto exige a colaboração de diversos órgãos e setores. Cada participante traz uma perspectiva única e especializada, garantindo que o estado esteja preparado para responder de maneira coordenada e eficaz às emergências zoossanitárias, protegendo a saúde única e minimizando impactos econômicos e ambientais", afirmou Lagatta.
Um dos destaques foi a formalização do Grupo de Trabalho, que será oficializado. Essa formalização garantirá a definição clara de sua composição, atribuições e competências, conferindo maior organização e eficiência ao desenvolvimento do plano.
Nas discussões temáticas, a Coordenadoria de Fauna Silvestre da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) trouxe à tona a preocupação com os riscos de contaminação da fauna silvestre durante emergências zoossanitárias. A SEMIL destacou ainda, a necessidade de implementar medidas eficazes de monitoramento e mitigação para minimizar esses impactos.
Já a Secretaria de Saúde, representada pela Vigilância Epidemiológica, ressaltou a importância do controle de zoonoses para a proteção da saúde pública. O órgão enfatizou a necessidade de integração entre setores para garantir respostas mais coordenadas.
Por sua vez, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) abordou os desafios relacionados à eliminação de carcaças, subprodutos e resíduos da produção animal, reforçando que a preservação ambiental deve ser tratada como prioridade em situações de emergência.
Outro ponto importante foi a colaboração no documento digital, um arquivo colaborativo que vai permitir que todos os membros do GTT incluam suas contribuições e sugestões. Além disso, os participantes foram incentivados a propor a inclusão de outros departamentos que possam enriquecer o plano, ampliando a visão interdisciplinar e a abrangência das ações.
Por fim, iniciou-se o planejamento do simulado, com exercício prático envolvendo tanto atividades de gabinete quanto ações de campo. “Esse simulado será fundamental para testar a eficácia das estratégias propostas no plano e integrar as práticas de diferentes setores envolvidos”, afirmou Luciano.
O Grupo conta com representantes da Defesa Agropecuária e de órgãos estratégicos como a Defesa Civil, Polícia Militar Rodoviária, Polícia Militar Ambiental, CETESB, SEMIL e Secretaria de Saúde. Essa integração foi apontada como essencial para a construção de um plano sólido e abrangente.
"A contribuição de cada órgão é essencial para que possamos construir um plano de contingência que atenda às demandas do estado e responda com agilidade às emergências zoossanitárias. Essa união de forças reflete nosso compromisso com a saúde única e com a proteção do setor agropecuário e ambiental," reforçou o diretor do Programa de Emergências Zoossanitárias
Os membros do GTT têm agora a missão de revisar o documento inicial e apresentar contribuições dentro do prazo estipulado. O plano final será consolidado sob a forma de um decreto estadual, detalhando responsabilidades e ações coordenadas para controle das emergências zoossanitárias no estado de São Paulo.
Por Comunicação CDA
