Uma Só Saúde - Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros realiza força-tarefa na Regional de Sorocaba
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) realizou esta semana, entre os dias 5 e 9 de maio, força-tarefa na Regional de Sorocaba, onde foram realizadas revisões de abrigos, capturas de morcegos hematófagos, além de encontro técnico com representantes municipais da área da saúde.
“Estamos reforçando os trabalhos em uma região que é considerada endêmica para doença e que conta com diversos abrigos que necessitam de revisões constantes. Somado a isso, realizamos encontro com representantes da saúde que podem nos auxiliar na questão de monitoramento e controle do morcego hematófago, principal transmissor da doença”, explicou Paulo Fadil, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH).
As atividades de revisão de abrigos e capturas foram realizadas por 12 equipes que percorreram os 19 municípios da Regional, sendo eles: Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Cabreúva, Capela do Alto, Ibiúna, Iperó, Itu, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Roque, Sorocaba, Tapiraí e Votorantim.
12 equipes dividiram-se entre os 19 munícipios pertencentes à Regional de Sorocaba
Aproximadamente 614 morcegos hematófagos foram capturados e receberam aplicação de pasta vampiricida
Ao todo, foram revisados mais de 117 abrigos e capturados cerca de 615 morcegos, os quais receberam dosagem de pasta vampiricida, utilizada para o controle da espécie.
Na reunião técnica, que aconteceu na quinta-feira (8) e que contou com a participação de representantes da regional de Sorocaba da pasta da saúde, Fadil abordou as ações realizadas pelo PECRH e como elas podem ir de encontro às necessidades municipais que envolvem o controle e a redução dos casos positivos em herbívoros.
Em sua abordagem sobre a doença, a qual é transmitida pelo morcego hematófago Desmodus rotundus, o médico-veterinário destacou a relação do animal com o conceito de Uma só Saúde. “É um processo que envolve pessoas, animais e o meio ambiente e no caso do morcego esse processo pode acontecer a partir do momento em que ele acomete, por exemplo, um cão, que consequentemente, vai se relacionar com um humano, podendo carrear a doença”, explicou o gerente do programa.
Fadil apresentou as ações de Defesa Agropecuária para o controle da enfermidade para representantes municipais da área da saúde
Fadil relatou ainda números relacionados à enfermidade, como os custos para o tratamento de humanos, que pode chegar a U$ 50 doláres por pessoa, além dos gastos com procedimentos de pós-exposição que pode ser realizado em até 650 mil pessoas por ano através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para mais informações sobre o PECRH e sobre sua atuação no controle populacional do Desmodus rotundus, acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/programas/?/sanidade-animal/programa-estadual-de-controle-da-raiva-dos-herbivoros-pecrh/&cod=39.
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Por Felipe Nunes
