Capacitação - Seminário interno de defesa aborda panorama geral dos programas da área vegetal
Seminário contou com participação de servidores das 40 regionais
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) a partir do seu Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV) realizou, entre os dias 23 e 26, o Seminário Interno de Defesa Vegetal (SINDAVE). “O seminário buscou a atualização dos agentes fiscalizadores e a padronização das ações. Além da apresentação de todos os programas vegetais, foi uma oportunidade para discutirmos em grupo, ações para o controle do HLB/Greening”, disse Alexandre Paloschi, engenheiro agrônomo e diretor do DDSIV.
Responsável por abrir o ciclo de palestras, Paloschi apresentou as diretrizes do departamento, além de abordar assuntos técnicos como por exemplo, a implantação do sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) 2.0, plano de metas e relatório de atividades.
Após o diretor do departamento, foi a vez de Maria Carolina Guido, médica-veterinária e diretora do Departamento de Capacitação e Educação em Saúde Única (DECESUN), falar aos presentes sobre as atividades do departamento, que incluem a realização de palestras educacionais nas 40 regionais sobre os diversos assuntos pertinentes, tanto da área vegetal, quanto da área animal. “Nosso plano de metas incluem atividades que podem ser repensadas a partir das necessidades. A depender da demanda, o departamento está à disposição para atingirmos as metas e para não deixarmos os trabalhos nas regionais sobrecarregarem os colegas”, disse.
Paloschi (à dir.), diretor do DDSIV, acompanhou os quatro dias de atividades
Para abordar as ações vegetais dentro do Departamento de Trânsito e Análise de Riscos (DETRAR), Athila Milan, assistente do departamento, apresentou número de fiscalizações realizadas em 2023, o número de metas alcançadas por regionais, além de atualizar os colegas a respeito dos procedimentos de rotina para a realização de fiscalizações volantes.
Para encerrar o primeiro dia de atividades, Juliano Schneider representou as atividades do Centro de Inspeção em Produtos de Origem Vegetal (CIPOV) que está em fase tramitação para ser efetivado. Na ocasião, Juliano apresentou as diretrizes do centro e abordou a experiência que teve durante sua passagem pelo Rio Grande do Sul, onde atuou como agente fiscalizador no CIPOV daquele Estado. “Já são mais de 100 anos de história dentro da inspeção dentro do Rio Grande do Sul então as referências aqui apresentadas podem ser muito bem trabalhadas dentro da Defesa Agropecuária”, comentou.
No segundo dia do seminário, deu início ás palestras, Marcio Emanuel Lima, gerente do Programa Estadual de Comércio de Agrotóxicos e Afins, que atualizou os procedimentos de fiscalização, além das legislações vigentes. “Outro tópico importante são as empresas armazenadores de agrotóxicos, que têm crescido em grande escala no Estado de São Paulo e que em breve pode entrar no escopo de ações de algumas regionais”, mencionou.
Em sua palestra, Márcio apresentou alguns números, como por exemplo, o de empresas cadastradas junto a CDA, que hoje são 996 e também, o número de fiscalizações realizadas este ano, que já somam 1721.
Dando sequencia ao assunto, Fábio Bengozi, gerente do Programa Estadual do Uso de Agrotóxicos e Afins focou sua apresentação nas atividades de fiscalização de empresas aplicadoras de agrotóxicos, com destaque para as aplicações aéreas.
Após as palestras inicias, Camila Ribeiro Grzybowski, agrônoma e diretora do Centro de Fiscalização de Insumos e Conservação do Solo (CFICS), atualizou os presentes sobre as atividades do Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos e afins de Uso Agrícola em Produtos de Origem Vegetal (PEARA-POV). “O PEARA é um programa que vem sendo construído a várias mãos há mais de uma década, desde 2009 e de lá pra cá, a gente vem considerando diversos aspectos como demandas da sociedade e especialmente, dos órgãos de controle, como Ministério Público”, disse.
Diretora do CFICS palestou acerca do centro e também do PEARA-POV
Camila ainda abordou procedimentos técnicos a serem utilizados nas ações do programa, culturas selecionadas para as coletas e reforçou que o manual está disponível publicamente para que servidores possam consulta-lo, assim como a sociedade em geral, que pode acessar o material em https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/educacao-sanitaria/files/material/manual_peara_pov_2023.pdf.
Ainda no segundo dia de atividades, Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da CDA esteve presente e discursou aos presentes a respeito das últimas ações de destaque da área vegetal, que incluem a força tarefa do Governo do Estado para o combate ao HLB/Greening. “Estivemos reunidos com o governador e a pedido do setor da citricultura, diversas ações serão desenvolvidas nos próximos meses”, revelou o coordenador.
“Como proposta para tentarmos alcançar maior sucesso, seria muito interessante que a área vegetal tivesse um grupo especial, nos moldes do Grupo Especial de Atendimento Emergenciais, o GEASE, da área animal. O quanto antes agirmos, mais as chances de termos sucesso no controle da praga”, acrescentou.
Após a fala da coordenação, complementaram o seminário as palestras referentes ao Programa Estadual de Contingência Fitossanitária, apresentada pela agrônoma Marileia Ferreira; ao Programa Estadual de Vigilância Fitossanitária que tem como gerente, Jucileia Irian Wagatsuma e ao Programa Estadual de Sanidade dos Materiais de Propagação Vegetal, gerenciado pelo agrônomo Valentim Scalon.
O terceiro dia de treinamento foi quase que completo dedicado à questão do combate ao Greening. Iniciou as atividades, Cristina Abi Rached lost, gerente do Programa Estadual de Certificação Fitossanitária e Exportação de Produtos Vegetais, que abordou e falou aos presentes, sobre as inúmeras ações dos programas, com destaque para a auditoria da União Europeia (saiba mais aqui) e sobre as comissões do Japão e do Chile, que visitaram unidades de produção para conhecerem métodos de produção.
Cristina abordou as missões internacionais que estiveram no país para conferir sistemas de produção
Além disso, Cristina compartilhou o resultado da AudiFito, auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), que verificou a situação do Estado em relação à adoção do status fitossanitário de área sob Sistema de Mitigação de Riscos (SMR) para Cancro Cítrico (leia mais aqui). “É muito bom poder compartilhar com os colegas que de 5, nós recebemos nota 4.8”, anunciou.
Dando continuidade, Sabrina Latorre e Oswaldo Vischi, médica-veterinária e engenheiro agrônomo, falaram, respectivamente, sobre as atividades do Departamento de Logística Laboratorial (DELLAB) e do Programa Estadual de Conservação do Solo.
Voltando ao tema do HLB/Greening, Alexandre Paloschi fez o lançamento do canal direto para denúncias de pomares de citros abandonados ou mal manejados, iniciativa da CDA que integra os esforços do Governo do Estado para a contenção da doença.
O canal de denúncia tem como objetivo informar à Defesa Agropecuária a localização desses pomares de citros abandonados ou mal manejados, para que sejam feitas ações de educação e conscientização do produtor para que sejam adotadas as medidas necessárias para controle do greening. De acordo com a Portaria SDA/MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, e com a Resolução SAA nº 88, de 08 de dezembro de 2021, em todos os pomares com plantas de citros, é obrigatória a realização do controle eficiente do psilídeo, e nos pomares com até oito anos de idade, deve ser feita pelo produtor a eliminação de plantas sintomáticas.
Para ter acesso ao canal direto, acesse https://survey123.arcgis.com/share/ecdf23310ba74c36809928b7e13df6c5?portalUrl=https://geo.cati.sp.gov.br/portal.
Ainda no terceiro dia, Danilo Romão, agrônomo que responde pelo Programa Estadual de Pragas Quarentenárias Presentes (PQP), usou da palavra para abordar a atualização de diversas legislações, incluindo a que versa sobre os procedimentos de fiscalização do HLB. “As críticas são sempre muitas, mas para além delas, precisamos de contribuições. Hoje aqui, somos mais de 100 cabeças pensantes, então vamos usar essas oportunidades para pensarmos e traçarmos ações inteligentes, pois tudo o que vocês trazem, é muito importante”, convocou Danilo.
Para falar sobre as atividades do Programa Estadual de Sanidade dos Citros, Camila Baptista do Amaral apresentou palestra que trouxe para a discussão, a incidência de doenças como o HLB, a verrugose e o Cancro Cítrico e as ações de defesa agropecuária para garantir a sanidade da citricultura paulista.
Encerrando o terceiro dia de palestras, Marlon Peres, diretor do Centro de Defesa e Sanidade Vegetal (CDSV), abordou, junto aos presentes, questões referentes a auto de infrações.
No quarto e último dia, Camila Ribeiro voltou a palestrar, dessa vez para abordar procedimentos administrativos do CFICS. A diretora apresentou diversas atribuições do centro, tais como as principais atividades cadastradas, procedimento para abertura de processos e para registro de novas empresas, além de processos analisados, que em 2023, até outubro, já somam 1500.
Para saber mais sobre cada um dos programas da área vegetal, acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/programas/?/sanidade-vegetal/&area=2.
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Por Felipe Nunes