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24/02/2023

Sanidade Vegetal - Em Caconde, palestra reforça importância de cadastro junto a cafeicultores e viveiristas

Atualizado em 27/02/2023 às 09h37

Palestra aconteceu no sindicato rural de Caconde

Aconteceu na noite dessa quinta-feira (23), no município de Caconde, palestra orientativa destinada a produtores da região a respeito da importância do cadastro no sistema informatizado de gestão animal e vegetal (GEDAVE) por parte dos cafeicultores/viveiristas e também, sobre o armazenamento e uso correto de agrotóxicos em propriedades rurais. A atividade foi uma realização da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) com apoio da prefeitura e do sindicato rural de Caconde e do patrocínio da Sicredi.

Foram responsáveis pelas palestras, os engenheiros agrônomos Valentim Scalon, gerente do Programa Estadual de Sanidade na Produção de Materiais de Propagação e Edilson Cavallini, da Regional da CDA em Ribeirão Preto.

“Falar de leis e de normas é na maioria das vezes, pesado, então estamos aqui hoje para um bate papo informal para alinharmos algumas ideias a respeito da legislação vigente para mudas, incluindo as de café, no Estado de São Paulo”, iniciou Valentim, primeiro palestrante da noite.

Em sua explanação, o agrônomo abordou a base legal que compreende a Lei Estadual 10.478/99, a qual dispõe sobre adoção de medidas de defesa sanitária vegetal no Estado, a necessidade de autorização para entrada de mudas advindas de outros Estados, amostragem de mudas e principalmente, sobre o cadastro dos produtores junto a CDA.

Valentim abordou bases legais sobre mudas e importância do cadastro no GEDAVE

“Essa atividade é também, um passo a mais para atuarmos dentro da legalidade. Essa é uma região que tem muitos viveiros sem cadastro e no primeiro momento, nossa ação é no intuito de orientar”, comentou.

Na sequência, Cavallini abordou a questão do uso e do armazenamento de agrotóxicos em propriedades rurais e expos algumas consequências do uso e do armazenamento indevido dos produtos. “Tudo começa com a aquisição do produto, e sabemos que nessa região, como em algumas outras, temos muitos problemas com produtos falsificados”, afirmou.

Cavallini apresentou aos presentes, exemplos vividos durante diversas fiscalizações em mais de 20 anos de atividade e argumentou: “A Defesa procura trabalhar com legislações educativas e não punitivas”, disse.

Além disso, o agrônomo apresentou dados alarmantes a respeito de acidentes ocorridos a partir da utilização de agrotóxicos. Segundo Cavallini, a partir de dados do Relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2015, quase 15 mil casos de acidentes provocados pelo uso de agrotóxicos foram notificados ao órgão federal.

Destes, 48% dos casos aconteceram durante atividades profissionais e 32% resultaram em suicídios por parte dos atingidos.

“O armazenamento é muito simples e pode evitar uma série de acidentes e prejuízos ao produtor rural. Não há argumentos para que a legislação não seja cumprida”, finalizou o agrônomo.

Cavallini abordou o uso e o armazenamento de agrotóxicos expondo exemplos reais

Para Valentim, a atividade foi satisfatória, a não ser pela baixa adesão dos produtores da região. “As orientações foram passadas, a legislação não é nova sobre a necessidade do cadastro e do controle das produções, porém o pessoal não está se adequando e eles precisam, assim como o restante do Estado”, convocou.

Ao final, os participantes receberam um kit de equipamentos de proteção individual (EPI) cedido pela fornecedora IHARA.

Para saber mais sobre as legislações referentes à produção de café e armazenamento de agrotóxicos, acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/.

Por Felipe Nunes

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